Qualquer pessoa – medianamente informada – observa que certos meios de comunicação, as universidades públicas e boa parte dos livros didáticos passaram a divulgar uma “contra-história” do Brasil.
Na visão de alguns historiadores, o que tivemos durante o período de colonização foi unicamente a exploração do nosso povo pelas “classes dominantes”. Alguns dos gloriosos episódios e boa parte dos grandes personagens da nossa história – tão decantados pelas gerações passadas – estão servindo agora apenas para um sentimento de culpa da nossa juventude, esta entregue à sanha desses maus brasileiros, fanáticos defensores da luta de classes.
O assunto é amplo e não pode ser esgotado num curto artigo como este.
Entretanto, gostaria de transcrever um pequeno texto de entrevista concedida pelo príncipe dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial Brasileira, que confirma o preâmbulo acima.
Na visão de alguns historiadores, o que tivemos durante o período de colonização foi unicamente a exploração do nosso povo pelas “classes dominantes”. Alguns dos gloriosos episódios e boa parte dos grandes personagens da nossa história – tão decantados pelas gerações passadas – estão servindo agora apenas para um sentimento de culpa da nossa juventude, esta entregue à sanha desses maus brasileiros, fanáticos defensores da luta de classes.
O assunto é amplo e não pode ser esgotado num curto artigo como este.
Entretanto, gostaria de transcrever um pequeno texto de entrevista concedida pelo príncipe dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial Brasileira, que confirma o preâmbulo acima.
“Nossa história oficial vem sendo reescrita segundo os cânones de desgastadas correntes materialistas. E milhões dos nossos jovens são submetidos, a cada dia, ao ensino de uma “contra-história”. Aos poucos, através de hábeis artifícios psicológicos e propagandísticos, o brasileiro vai perdendo a legítima ufania de sua brasilidade.
Os brasileiros, deixando de estimar devidamente seu próprio País, estão sendo levados a se submeter, mais cedo ou mais tarde, às imposições provindas de qualquer organismo internacional, como se fossem a salvação da nossa Pátria. O Brasil acabaria por se envergonhar daquilo que os outros nos invejam”.
A quem interessa a disseminação dessa “contra-história”, que se alastrou também no cinema, na imprensa e na televisão? Tomemos um único exemplo. Todos sabem da exagerada proteção que as leis brasileiras garantem aos índios.
Basta dizer que – sem incluir a recente e discutida demarcação da Reserva Indígena Raposa-Serra do Sol – 350 mil índios brasileiros já ocupavam “reservas” que totalizam 95,8 milhões de hectares, perfazendo 11,34% do território nacional. Algo maior do que todo o território da França para uma população menor do Crato e Juazeiro do Norte juntos.
Os livros didáticos dos defensores da “contra-história” só apresentam o colonizador português (aí incluídos os missionários católicos) como “destruidores da natureza” e “opressores dos inocentes e inofensivos índios”. Ora, esses índios de “inofensivos” não tinham nada. Todos os historiadores do passado são unânimes em dizer que os indígenas eram belicosos, praticavam a antropofagia, possuíam escravos, depredavam a natureza, eram nômades, praticavam toda sorte de promiscuidade moral, inclusive matando os recém-nascidos portadores de defeitos físicos.
Pois bem, a “contra-história” apresenta os portugueses unicamente como “classe dominante” e os índios como” inocentes vítimas”. È isto que vem sendo passado para as novas gerações. E estas já chegam a ter vergonha de serem descendentes desses “bárbaros”. Este complexo de culpa está levando os brasileiros de hoje a aceitarem pacificamente a criação de territórios estrangeiros na Amazônia com o objetivo de “preservar a cultura indígena e evitar a destruição da natureza.”.
E assim, uma das maiores reservas minerais do mundo deixaria de pertencer ao Brasil, pois seriam usurpadas por organizações estrangeiras... Com o apoio de certa mídia e dos “inocentes úteis” que foram contaminados pela “contra-história” pregada pelos meios de comunicação, universidades públicas e livros didáticos...
6 comentários:
Querido Armando,
Já que seu propósito é escrever sem ser contestado, por medo das opiniões contrárias, melhor seria se você escevesse um livro.
Um livro é uma coisa estática, que todo mundo lê e não pode responder ao autor dizendo que aquilo é mentira! Um Blog é um veículo de comunicação em que presume-se que as pessoas não falam verdades absolutas, até porque não existem verdades absolutas, tudo é passível de interpretações e discussões.
Esconder-se por medo dos comentários contrários é melhor escrever um livro, assim não se corre nenhum risco de ouvir alguém lhe dizer que está errado o seu pensamento. Deve ser por essa sua idéia de postar dentro de uma redoma que vc está deixando de postar seus artigos lá no Blog do Crato, deve ter se sentido magoado pelo simples medo da confrontação de idéias.
Sugiro que vc escreva livros e mais livros sobre história vista por seu ponto de vista, assim as pessoas não poderão lhe aborrecer com pensamentos diferentes do seu.
Abraços,
Dihelson Mendonça
Caríssimo Dihelson,
Você viu o meu comentário a Joaquim (leia logo abaixo) que contestou minha opinião sobre o Che?
Lá faço até um elogio ao escrito dele (embora discorde do texto) pela elegância, equilíbrio e educação como ele me confronta. Ele discordou até com mais veemência, mas com nível, sem agredir...
Que bom se o Joaquim servisse de modelo para alguns comentaristas...
Caro Armando,
Acabo de chegar a Fortaleza vindo da Serra Grande. Andei futucando a história local, tão cheia de tradição como a nossa. Estive nos caminhos do venerando Pe. Antonio Vieira, que para mim soube melhor traduzir o momento histórico quando viveu na Ibiapaba no Brsil Colonial.
Quero dizer aqui que sei demais da sua insatisfação com o processo histórico. Compreendo e admiro sua postura que lhe faz olhar a história de um ponto de vista que é seu. Assim como o é de muitos que acreditam no devir histórico. Ora diabos, porque professam uma história marxista, carregada do positivismo evolucionista, trokstista, idealista etc... e você não pode vê-la pelo viés monarquista ?
Claro que pode, e é salutar que tenhamos posições e a vida para defendê-las.
Mas, permita-me discordar de você e do ilustre príncipe quanto a idéia de uma "contra-história".
A meu ver não há bem uma "contra-história", mas histórias, ou melhor, ilhas de histórias. Acredito mesmo que não há uma teoria da História, como se a história fosse mesmo uma trajetória linear como queriam e ainda querem os evolucionistas. E, pasme ! o marxismo pensa assim.
Então, qualquer análise sobre as formas de representação política que leve em conta só um enquadramento teórico, está sujeita a não dar conta das multiplas determinações que a envolvem.
Por exemplo, acabei de ler "1800", de Laurentino Gomes. E antes que alguém venha me patrulhar porque ele é da equipe da Veja, é sem dúvida uma visão multifacetada do processo histórico que fez do brasil, Brasil, isto é, como chegamos a nos tornar uma nação. E ele o abordou de forma aberta, sem demagogismo, mostrando a figura complicada de D. João, sem contudo deixar de mostrar suas grandezas.
É uma lição que devemos aprender quando nos tornamos críticos com um olho só.
E disso v. não padece. Você tem sido um vigilante contra uns que acham que o bloco histórico hoje é outro, quando tem sido inteiramente o mesmo.
Zenilton,
Curvo-me a sua abrangente autoridade. Nela incluída suas qualidades do perito, do homem que ensina - do Mestre, na verdadeira acepção do termo. Neste conjunto pontifica o homem arejado, que sabe conviver democraticamente e harmoniosamente com opiniões contrárias.
Sinto-me confortado com a sua destreza mental - que embora discorde do meu ponto de vista neste assunto específico - sabe respeitar minhas opiniões, valores e crenças...
Certamente, nisso tudo, tem influência, também, a sua sensibilidade artística, a qual já materializou algumas criações, sobjamente conhecidas ( e reconhecidas) nesta heráldica e heróica Cidade de Frei Carlos e adjacências.
Obrigado por tudo, meu irmão.
A gente se vê por aí.
Caríssimo Armando,
E você achou deselegante o meu comentário neste artigo?
Abraços,
Dihelson Mendonça
Caro Dihelson,
Seus comentários são sempre benvindos. É positivo quanto temos pessoas - que pensam diferente da gente - para nos contestar.
Dizia Santo Agostino: "Prefiro os que me criticam porque me corrigem, aos que me elogiam sem sinceridade porque me corrompem".
O que não acho correto é o patrulhamento ideológico. Teve um comentarista, por exemnplp, que postou a seguinte frase:
"O pecado de Armando é esse conservadorismo exacerbado, que o faz desgastar-se inutilmente por questões prosaicas; afinal, se ele não gosta do presidente Lula, se tem pavor ao Fidel Castro, se defende com veemência a Veja e seus bandoleiros parajornalistas, se tem a religião católica como a única dona da verdade, por qual razão não deixar espaço para que outros pensem, ajam e se manifestem diferentemente" ???
Mesmo com todo esse viés inquisitorial, quem sabe se - na visão dele - ele acredite sinceramente que está coberto de razão?
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