Consultando a wilkipédia encontrei as seguintes observações para o termo “Gênio” - “Gênios são dotados de excepcional brilhantismo, mas freqüentemente também são insensíveis às limitações da mediocridade bem como são emocionalmente muito sensíveis, algumas vezes ambas as coisas.” Fala-se ainda que: Gênios são freqüentemente acusados de falta de senso comum. Alguns gênios em determinadas áreas são ditos como sendo incapazes de "captar" conceitos corriqueiros.
“Algumas pesquisas mostram ainda que outras razões além do desajuste tornam difícil para os gênios obterem companhia. Como a inteligência de uma pessoa aumenta, aqueles que elas consideram como pares constituem-se num número cada vez menor de pessoas. Por exemplo, para um QI de 135 somente uma em cada 100 pessoas terá QI igual ou superior. Este número encolhe significativamente a medida que o QI sobe”.
Portanto a genialidade existe. Muitos gênios povoam nossa história, estamos cientes disto. Posso afirmar, porém, que os gênios sendo humildes, exóticos, excêntricos, apagados ou simplesmente iguais aos demais na sua constituição física, não nos incomodam. O que neles supera a compreensão dos demais é apenas e simplesmente a fagulha criativa voltada para sua própria centelha. São pessoas com sua vidinha definida (ou não) porque inseguros como todos os demais humanos. Brilham intensamente, mas nem fazem questão de ofuscar a grande massa de mortais que se avizinha. Simplesmente vivem sua genialidade.
Os gênios não perdem tempo em importunar os demais com barbáries ou com divagações ensimesmadas. Com pernosticidade ou com ofensas veladas e mesquinhas. Os gênios podem até não saber distinguir a grandeza da alma, mas também não se importam com a pobreza ou riqueza incandescente das palavras.
Os gênios não são preconceituosos, porque não enxergam essas coisas pequenas, estão acima delas, são magnânimos. Certamente não perdem tempo em criticar a mediocridade da vida ou dos passantes que ruminam seus clamores insofismáveis sobre outrem.
Os gênios se perdem em sua “genialidade” e não tripudiam sobre as fraquezas ou grandezas de quem nem conhecem, só pelo caso de ser esta pessoa uma mulher e/ou pelo fato de seus pensamentos não se coadunarem com os dessa pessoa. Para se ser gênio há uma necessidade intrínseca de se fazer um exercício mental em termos de se evidenciar a excelência humana e não meramente desperdiçar a função de seus neurônios com picuinhas crassas e gratuitas.
Com certeza, a genialidade é muito mais uma questão de aprender novas maneiras de abrir a mente para novas combinações usando novos ângulos. Criar uma expectativa de seu próprio desempenho, usar a imaginação para criar um cenário de si mesmo registrado por seu cérebro e servir-se disso como guia mental para o comportamento e as competências que a pessoa vai (ou não) manifestar para conseguir o desempenho que quer.
Portanto, podemos absorver a genialidade sem execrar ou julgar nossos pares. Esta tática de elevar a expectativa das pessoas através do elogio envolve palavras de apoio, dizendo-se diretamente a elas que podem conseguir um desempenho melhor. E isto de fato funciona - em certo grau de eficácia. Esta abordagem pode ser uma inspiração à motivação e à ação.
A expectativa positiva sobre uma produção literária, por exemplo, ajuda a re-enquadrar resultados além do desejado, pois a pessoa com sua maestria auto-decretada acredita que naturalmente vai superar suas “fragilidades”. Todos nós temos competências “latentes” que são ativadas sob um bom efeito desta crença positiva em nossa eficácia pessoal.
Portanto, enquadro-me num incômodo sentido por aqui onde, gênios ou não, estamos à mercê de indelicadas apelações nos bastidores.
Texto de Claude Bloc
9 comentários:
concordo: genialiadade não combina com intolerância, por mais que se diga o contrário. intolerância é coisa pra fracos (os de espírito mole, os escrotos, os que curte suásticas e KKK). gênios sacam que as fraquezes humanas são, em verdade, fortalezas. Nietzshe falava isso. Anticristo. tá tudo lá. abçs meu velho
Gustavo,
Agradeço pelo apoio.
Só um pequeno detalhe: Claude é também usado para a forma feminina (em francês) equivalendo-se, portanto, a: Cláudio e Cláudia.
No caso, apresento-me. Claude Bloc, professora, cratense, mas trabalhando na UVA em Sobral.
Abraços (femininos - rindo aqui). Este engano já aconteceu inúmeras vezes. Não se preocupe que não me chateio.
Re-abraço
Claude
claude querida, que belo texto. acho que peguei um bonde andando... de qualquer maneira, concordo contigo, e da minha maneira escrota e desconexa digo: gênios? só os das lâmpadas. até porque isso de "gênio", é sempre visto pelo olho do outro né?
um beijo.
Lupeu,
Este texto foi sobretudo em desagravo. As mulheres que aqui postam seus textos estão sendo "espicaçadas" por pessoas que só crêem que um texto para ser bom tem que estar isento de sentimento, de melancolia, e que, nada além do que caracterizam como moderno, está "apto" e digno de aparecer no CaririCult. Nossa amiga Socorro desfez a conta dela neste Blog. Aqui não posta mais, nem sequer lê. Estou em vias de fazer o mesmo, mas aguardo falar com Salatiel. Procure ler alguns cometários.Saberá do que estou falando...
Outra coisa: até pelos elogios estamos sendo recriminados/as. Nem na ditadura não havia tanto cerceamento ao pensamento livre.
Abraço a você
Claude
Acho que você confunde bastante o significado de algumas palavras. gênio não é sinônimo de sábio. existem gênios escrotos, carreiristas e o escambau. Já os sábios são pessoas dotadas de qualidades além da inteligência e por isso acima do bem e do mal. O mundo não se divide em pessoas medíocres ou gênios. Eu me contento em ser uma pessoa inteligente dotada de um senso crítico e isso me basta. por que essa tentativa pífia de descaracterização do crítico (assim como você se considera poeta me considero crítico. deita numa cama de prego e cria fama de faquir). e não estou veladamente cerceando a liberdade de ninguém.acho que você confundiu o significado de cercear. que pessoas frágeis seriam essas que parariam de elogiar porque foram criticadas pela qualidade do seu elogio. como disse Marta F o blog precisa de debates e não de aulas de boas maneiras. concordo com adriana calcanhoto e não gosto de bom-gosto , não gosto de bom senso. e a partir de agora farei críticas diretas. usei de outros recursos para não ferir sensibilidades tão à flor-da-pele. e by the way não tenho nada contra mulheres. faço parte de um grupo de estudo sobre Teoria Queer que também discute questões de gênero aqui no Programa de pós-graduação que dou aula na ufba. e por que posso ser chamado de chato no blog e não ,posso achar seus textos chatos? Por que você é mulher?
Maurício, tu tens coragem pra mamar em onça.
Clap, clap, claps pra você.
Caro Mauricio,
Eu tinha feito uma promessa para mim mesma de não mais me dirigir à sua pessoa. Vou quebrando a promessa, mas não pretendo continuar nessa discussão sem perspectivas de resultado satisfatório (para mim pelo menos). Encerro por aqui e desta vez!
Posso parecer burra, mas não sou. Considero-me até um ser bem inteligente. Usei o termo "gênio" no texto que postei por último, por tê-lo visto em outro texto aqui exposto. Só peguei o embalo. Mas claro, óbvio, evidentemente sei distinguir muito bem o significado entre gênio e sábio.
Quando falei em sentir-me cerceada, não estava me referindo exclusivamente à sua pessoa. Se a carapuça lhe serviu, perdoe-me.
Se não gosta do meu estilo de escrever, lamento. Eu também não gosto de seu linguajar agressivo (criticar não é necessariamente agredir) como o seu, estamos quites. Mas aceite que outras pessoas tenham opiniões diferentes da sua. Permita que as pessoas sejam espontâneas, que falem dos sentimentos despertados pelo texto de outras pessoas, seja que sentimento for.
Quanto a cercear (também sei muito bem o que significa), observe seus comentários ultimamente. Você não aceita que se elogie textos postados só pelo fato de considerar que é pura bajulação ou coisa que o valha. Pra que precisa usar de ironia ou sarcasmo para com esse tipo de comentário? Creio que deseja ser livre. Permita que os outros também o sejam.
Meu caro, nem eu nem você somos melhores ou piores que ninguém. Por que então citar as mulheres que aqui escrevem de "divas" ou "primadonas" e ironizar com deboche com a expressão "prima do dono do teatro"?
Este Blog diz-se cultural. Não uma arena para contendas e aqui ninguém está tentando dar aulas de boas maneiras, mas é o mínimo que você poderia fazer: tê-las! Não custa nada!
Sou professora de Linguística, Língua Portuguesa, Inglês e Francês e daí? o que isso tem a ver com este nosso papo? Não vim aqui para esgrimir. Vim para postar meus textos a convite de Salatiel. Meus textos eu os escrevo como me convém. Você critica como lhe apraz.
Peço porém que não se refira mais a nada que posto aqui. Prometo que não lhe dirijo mais a palavra. Nem cito nada a seu respeito ou de outras pessoas que usam da crítica para machucar e não para melhorar o nível.
Para se criticar a gente tem que ter conhecimento de causa. O que conhece de mim para fazê-lo?
Me esquece.
Marta F.
Olha lá, menina, levando bem ao pé da letra: não sou onça, viu?
Sei que estás a rir pensando também que sou burra e que não entendi a "gracinha".
O que você ganha "botando lenha na fogueira"?
Escreve, menina! Você até que escreve bem. Esquece esta de instigar as pessoas a discutirem.
Discute você que gosta!
Perdi as estribeiras e saiba que sou tida como uma pessoa paciente.
Pára de atiçar! Usa tua inteligência e tuas palavras para o bem!
Tchau!!!!!!!!
queridA Claude.
não erro teu nome
mais aqui
não saco francês:
C'est La Vie
bjs
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