De quem se emociona diante do que foi criado
espera-se o elogio - as matizes do elogio expressão de cada um.
A crítica mais feroz é aquela que se cala quando o próprio crítico perturbado
com o que leu, assistiu, observou escolhe o silêncio para não corromper o artista.
Em um blog - além do convívio entre aprendizes da Emoção - é necessário que se entenda:
há uma ponte entre pessoas.
E as pessoas envolvidas - muitas vezes sequer percebendo - beijam-se e abraçam-se usando do espaço "comentário" para se entrelaçarem sob empatias.
Quantas vezes eu próprio, uma vez que sou humano demasiadamente emotivo, comentei não sobre a obra em si - mas pelo valor de camaradagem que a mim representava o autor.
Corrompi-lhe das suas inquietações criadoras? Tornei-lhe mais arrogante das suas crias?
Eu sei que no mínimo consegui estreitar um laço de amizade.
Não sejamos hipócritas - quem posta deseja que seus escritos sejam comentados.
Não importa em qual timbre, mas comentado.
Agora vejamos - se houvesse comentários apenas quando diante de uma Grande Obra:
os blogs seriam desertos, cidades fantasmas, cemitérios de almas penadas. Raríssimas exceções.
Os nossos umbigos não necessitam sempre de tanto frio.
Precisamos, sim, de um olhar diferenciado -
E como me faz bem e me acalenta a alma um José do Vale Pinheiro Feitosa:
Sensibilidade que extrai de parcos escritos um universo de descobertas.
espera-se o elogio - as matizes do elogio expressão de cada um.
A crítica mais feroz é aquela que se cala quando o próprio crítico perturbado
com o que leu, assistiu, observou escolhe o silêncio para não corromper o artista.
Em um blog - além do convívio entre aprendizes da Emoção - é necessário que se entenda:
há uma ponte entre pessoas.
E as pessoas envolvidas - muitas vezes sequer percebendo - beijam-se e abraçam-se usando do espaço "comentário" para se entrelaçarem sob empatias.
Quantas vezes eu próprio, uma vez que sou humano demasiadamente emotivo, comentei não sobre a obra em si - mas pelo valor de camaradagem que a mim representava o autor.
Corrompi-lhe das suas inquietações criadoras? Tornei-lhe mais arrogante das suas crias?
Eu sei que no mínimo consegui estreitar um laço de amizade.
Não sejamos hipócritas - quem posta deseja que seus escritos sejam comentados.
Não importa em qual timbre, mas comentado.
Agora vejamos - se houvesse comentários apenas quando diante de uma Grande Obra:
os blogs seriam desertos, cidades fantasmas, cemitérios de almas penadas. Raríssimas exceções.
Os nossos umbigos não necessitam sempre de tanto frio.
Precisamos, sim, de um olhar diferenciado -
E como me faz bem e me acalenta a alma um José do Vale Pinheiro Feitosa:
Sensibilidade que extrai de parcos escritos um universo de descobertas.
10 comentários:
Domingos
entendo o caráter afetivo,de brodagem, do blog. mas ele não pode se resumir a isso. é uma vantagem que se veja as coisas de fora e não se corra o risco de não se comer mais o feijão da comadre. também gosto muito de alguma literatura de auto-ajuda mas não de qualquer uma. até na auto-ajuda é preciso ser interessante e se possível inteligente. às vezes tenho que meconter para não ser um crítico mais feroz de algumas coisas que leio no blog. posso ferir sensibilidades, suscetibilidades. tenho que me conter, por exemplo, para não lembrar que mesmo os analfabetos mais radicais obedecem a uma lógica na sua gramática e existem algumas construções frasais que eles jamais fariam. mas deixa pra lá. e por mais que vc não goste prefiro minhas críticas à pasmaceira reinante. o blog é um lugar do afeto e blablablá. mas repito que existem blogs pessoais e blogs que se propõem a ter uma função cultural como acho que é o caso deste. e cuidado com as idolatrias. posso começar a querer mexer com seu santo de casa. abraço.P.S: escrevo este comentário enquanto descanso do carnaval de Salvador que mudou muito mas eu gosto. chega de saudades!
A verdade é que ninguém escreve para deixar o texto no fundo da gaveta. O texto é para ser lido. E num blog como esse, de fato, espera-se um comentário não necessariamente elogioso.
Escrever tem seus perigos.
Maurício,
admiração não é idolatria.
Saiba que todos os meus "santos de casa" há muito tempo derrubados e varridos.
Admiro-lhes as sombras ainda mais sob fumaças e poeiras.
Tenho curiosidade em ler seus comentários - não importa em qual tom de ferocidade.
A sua sensibilidade é importante.
Mesmo em um Blog que tem função cultural um afago (de vez em quando) não o desmorona.
Também penso como você, em se tratando de elogíos melosos e obrigatórios.
Nada deve se resumir a uma coisa só. Nem o meu pensamento.
Nem o seu pensamento.
Quanto a construções frasais, segundo o seu olhar, não sei em qual cumbuca me encontro - mas me adianto esclarecendo que,
a exemplo dos meus santos de casa, tento derrubar e varrer tudo que me paralisa a criatividade ou que me impeça a liberdade de exercê-la.
(e continuo aprendendo, aprendendo, aprendendo incansavelmente).
GRAMÁTICA POR GRAMÁTICA
TÃO SOMENTE NÃO ME CAUSA ARROUBOS.
DESEJO MAIS QUE UM LIVRO DE CÓDIGOS ABERTO COM REGRAS E CONTROVÉRSIAS.
Afinal, antropofágico aprende-se a ser quando há muita gordura diante de tantos ossos magros.
Meu camarada, acabei de escrever este comentário no quarto dos fundos.
Aqui em Fortaleza, o forte do carnaval é nas praias.
Não sinto saudades.
Nunca criei laços afetivos com a folia extrema.
Conheço, sim, a serenidade do fundo do poço - quando ninguém nem o próprio indivíduo sabe do seu fim.
É um prazer conversar com você,
sinta-se abraçado.
P.S - Essa resposta não tem de forma alguma um tom de peleja cantra o que você defende.
Abraços.
Domingos
escrevo no quarto da frente . de frente pro mar e pro carnaval.talvez meu estado de espírito seja diferente do seu. tinha me prometido parar de comentar por um tempo. quem fala muito dá bom-dia à cavalo! mas para não ser mal-entendido vou tentar me explicar. a construção frasal que falei ser improvável (porque existe uma lógica até no erro) não foi cometida por você. o comentários não foi pessoal, foi apenas um exemplo de algo que li recentemente. sou favorável às quebras da norma. mas como em tudo na vida há quebras e quebras. e quanto à idolatria na verdade o que eu quis dizer foi "devagar com o andor que o santo é de barro!" e não comparo banana com maçã além de costumar me defender com minhas próprias armas. meu comentário acabou ficando um tanto boçal.mas é uma boçalidade assumida.não sou lobo em pele de cordeiro mas não chuto cachorro morto. sei separar a, às vezes tênue, linha entre admiração e idolatria. mas o preço da liberdade é a eterna vigilância.abraço.
Um forte abraço,
e bom Carnaval.
O papel de "rastreador de impurezas " do Maurício Teixeira tem soberania ... Não sei se absoluta.
O fato é que a sua "bossalidade " e Chatice " , rastreou o meu tesão de postar ou comentar no blog "Caririncult" ( como ele "preconiza").
Salatiel é meu amigo de muitas décadas. Conhece o meu temperamento ... Terei sua compreensão !
Aos demais , deixo o meu abraço fraterno .
Maurício não precisará de água sanitátária , sabão , balde e pano de chão para faxinar o salão.
A verdade é que o clima de boas trocas , cumplicidade e camaradagem foi comprometido por pedrinhas atiradas, insistentemente.
Tenho o meu blog particular. Tenho o blog do Crato , aonde sinto-me em casa...Lá todos são respeitados !
Os incomodados , se retiram ... É isso !
Alivia-me saber , que esse blog voltará à sua condição de Cariricult.
Parabéns , Maurício , pelas providenciais colocações !
Encare como um elogio !
Optei pela minha alegria !
Trocas proveitosas, bastante significativas, continuemos o embate...ou melhor, o debate.
Também tenho passado uma sêca de comentários aos meus textos. Solidarizo-me com a causa dos descomentados.
Beijinhos.
Meus queridinhos Maurício, Domingos, Socorro Moreira, Marta F., Chagas e demais outros que teem no meu coração e neste blog um espaço imenso para todas as igualdades e diferenças próprias do ser humano, por favor, aproximem os seus corações e não gritem tanto pra se fazerem ouvir. Temos tanto em comum e tão pouco, ou quase nada, que nos posss fazer de tão especial!
As questões literárias não podem valer como argumento para que se afastem daqui. Como diria o Nelson Rodigues; " A unanimidade é burra"!
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