TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Som e fúria


"A vida não passa de uma sombra errante, de um pobre ator que se pavoneia e se lamenta em sua hora no teatro, e que depois não é mais ouvido.É uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, e que não significa nada".
William Shakespeare

4 comentários:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Maurício,

Quando você postou este parágrafo talvez traduzisse alguma síntese do que pensa sobre a vida. Sobre o humano. Mas nem mesmo o texto consegue fazer isso, sobretudo diz da era quinhentista, como metáfora de quem escrevia para o teatro da época. E como já me tomei de uma certa intimidade com você, acho que esta síntese é de momento, logo depois começa a achar significados e significantes.

Maurício Tavares disse...


Acho o texto de Shakespeare sempre atual/atemporal. É realmente uma síntese do que acho da vida. Quando estava pesquisando sobre humor e o poder que ele tem de demonstrar o rídiculo das pessoas, instituições etc. consegui fazer analogias com esse trecho da peça (acho que em português é, como o seriado da Globo, "Som e fúria"). Na mesma época usei também uma epígrafe de um livro de Jô Soares (livro, que por sinal, nunca li)em que Wittgenstein dizia " que o "humor não é um ponto de vista mas uma visão de mundo". Gostei das sugestões que você fez sobre a identidade dos blogs. Foi bom ter surgido um blog coletivo novo no Cariri mas o risco é que todos sejam iguais. Sinto que os editores do cariricult não se incomodam muito com isso, devem estar cansados da longa vida do blog, mas podemos tentar dar uma direção a ele (sem pretensões, fellows!). abraços.

Dihelson Mendonça disse...

A próprio texto do Shakespeare provou o contrário, que o homem pode ser muito mais que isso, pois ele mesmo continua sendo lido, ouvido, assistido... não é mesmo uma grande contradição ?

A nossa marca há de ficar aqui.

Abraços,

Dihelson Mendonça

Maurício Tavares disse...

Sim, Dihelson. É uma contradição. Mas de qualquer forma a escala temporal é sempre relativa.O texto citado mais liberta do que oprime. Os dadaístas e os surrealistas já falaram sobre o absurdo da vida. Ora como se morreses amanhã, trabalha como se não morreses nunca!