TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 19 de outubro de 2007


coisas pra dividir com meus irmãos kariris


apois então: não sei colocar músicas com áudio. mas quem se interessar, procure. o cara é do caralho, e a música é sensacional.


Não vou sair

(Celso Viáfora)

A geração da gente

Não teve muita chance

De se afirmar de arrasar de ser feliz

Sem nada pela frente pintou aquele lance

De se mudar de se mandar desse país

E aí você partiu pro Canadá

Mas eu fiquei no "já vou já"

Pois quando tava me arrumando

pra ir

Bati com os olhos no luar

E a lua foi bater no mar

E eu fui que fui ficando...

Distante tantas milhas

São tristes os invernos

Não vou sair

tá mal aqui

mas vai mudar

Os velhos de Brasília

Não podem ser eternos

Pior que foi

pior que tá

não vai ficar

Não vou sair

melhor você voltar pra cá

Não vou deixar esse lugar

Pois quando tava me arrumando

pra ir

bati com os olhos no luar

E a lua foi bater no mar

E eu fui que fui ficando...

2 comentários:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

O olhar dos horizontes,
foco na fuga dos viajantes,
são, por mistério sem esquadro, acordes dos marcos fincados,
se a economia mundial deixar,
os idos retornam,
os estacionários se vão.

Estes fluxos e refluxos se nutrem da matéria do tempo e do espaço. E quando a alma enfastiada de tantos viveres e milhares de distâncias, se danam a falar dos tempos passados e das pessoas postas além do horizonte.

De vez em quando, mesmo que num verso apenas, um poeta agarra o fluído entre os dedos, apenas um milésimo de segundo e retorna às dimensões originais: sem tempo e espaço.

Como Lupeu às margens do São Francisco: bati com os olhos no luar/ e a lua foi bater no mar/ E fui eu que fui ficando.

socorro moreira disse...

"Bati com os os olhos no luar
e a lua foi bater no mar...!"
Melhor você voltar
pras bandas do Ceará!