I
peguei tua mão na jornada,
ficou-me claro que sou o teu estorvo,
que muito mais se abria em possibilidades.
III
e foste com os dedos entre tantos outros,
em frente, sem criptografias,
livre, com toda a tua caixa de entrada
IV
e fiquei com os itens excluídos,
peguei tua mão na jornada,
ficou-me claro que sou o teu estorvo,
que muito mais se abria em possibilidades.
II
rejeitado, as pernas congelaram-me o andar,
já não havia um sentido para se ir,
o matagal havia ocupado toda a trilha.
rejeitado, as pernas congelaram-me o andar,
já não havia um sentido para se ir,
o matagal havia ocupado toda a trilha.
III
e foste com os dedos entre tantos outros,
em frente, sem criptografias,
livre, com toda a tua caixa de entrada
IV
e fiquei com os itens excluídos,
a caixa da lixeira de vontades deletadas,
um provedor que já não reconhece a senha.
V
tu navegastes na Web Semântica
arquivos XML com informação sobre a informação,
um provedor que já não reconhece a senha.
V
tu navegastes na Web Semântica
arquivos XML com informação sobre a informação,
te ligas aos conteúdos transversais de tantos browsers.
VI
cá me encontro na velha Internet,
postando em HTML, manga de camisa e fruta,
em buscas torrenciais que afogam-me de achados.
VI
cá me encontro na velha Internet,
postando em HTML, manga de camisa e fruta,
em buscas torrenciais que afogam-me de achados.
VII
hoje olhei tua face a face,
eras tantas que já não mais te encontrei,
o passaporte tua identidade, os aviões a morada.
hoje olhei tua face a face,
eras tantas que já não mais te encontrei,
o passaporte tua identidade, os aviões a morada.
VIII
tu desviavas para o vermelho como as galáxias em fuga,
olhou-me como um ponto de multidão,
apenas vês a floresta que pensas proteger.
tu desviavas para o vermelho como as galáxias em fuga,
olhou-me como um ponto de multidão,
apenas vês a floresta que pensas proteger.
IX
hoje sou para ti um tema da extinção,
algo raro que a militância ecológica necessita,
antes do próximo embarque já fiquei nas estatísticas.
4 comentários:
Até cantarolei uma música do passado:"Que presepada/que você/foi arranjar..."
E, na sintonia da "extinção", fiz o poema do confinamento.
Tempo que passa, que leva...
Fantasia do passado,
no presente é nostalgia!
Pra conseguir te esquecer
quero viver muitas luas
Em todas eu me sufoco
Em todas és meu escuro!
E nesta falta de sol
acendo todas as luzes...
Mas não te encontras em mim
Fantasma desmascarado
um risco que dessublinha
o grande amor que senti
agora é o esquecimento
que se faz de mais urgente
Mas é lento, lento, lento
como a chegada do trem!
Excelente junção de imagem e texto
Temática interessante
Valeu
Um abraço
Eis um coração.
Eis um coração.
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