Adentra e sai ano
permaneço trocando confetes
com as paredes e o vazio.
Minha árvore haste de bambu
vai e retorna com o vento.
Meu corpo casulo enrugado
cansou-se de resguardar a alma covarde.
Estrangulo todos os dias meu coração.
Puxo a ferro o resto de humanidade.
Fim de ano, fim de dia, fim de tarde.
À noite, subo ao telhado.
Um comentário:
Neste fim de tarde, espero a noite chegar!
Somos vigias do cariricult...brincando de poetar, numa sala vazia!
Um abraço de novos ânimos, caro Domingos!
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