TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 29 de dezembro de 2007

Último Sábado

Adentra e sai ano
permaneço trocando confetes
com as paredes e o vazio.
Minha árvore haste de bambu
vai e retorna com o vento.
Meu corpo casulo enrugado
cansou-se de resguardar a alma covarde.
Estrangulo todos os dias meu coração.
Puxo a ferro o resto de humanidade.
Fim de ano, fim de dia, fim de tarde.
À noite, subo ao telhado.

Um comentário:

socorro moreira disse...

Neste fim de tarde, espero a noite chegar!
Somos vigias do cariricult...brincando de poetar, numa sala vazia!

Um abraço de novos ânimos, caro Domingos!