Olhos atentos te descobrem
E não adiantam todas as voltas
As meias, as teias...
Nem o decote, que decora...
Lá fora a lua some,
engolida por um dia...
Adormeço dos meus olhos,
e sinto que estou sozinha!
Da solitária cela
um céu sem avião ...
Barulhos solitários
pássaro,torneira,rádio,
e uma ponte imaginável...até você.
O instantâneo,suprime cores ,imagens...
Sinto silêncio no teu carro
Teu olhar se atenta numa estrada
onde barulhos normais escondem teu sorriso.
Paciente,recolho o absorto,
e solto da tua gaiola ,
meu pássaro escondido.
É tudo muito estranho,nesta nova dimensão...
Mas estamos vivos!
Não se explique..
Volte sem voltas
Não volte...Vamos adiante!
Vivo solidão,e respeito silêncios ...
Cada vez mais estreito é o caminho que nos liga
O que me apraz na vida
é a força poética ...
onde teu lápis e meu papel
acontecem um verso!
4 comentários:
Dois montes se eleveram no caminho,
de um deles cairia na gravidade sólida,
no outro ergueria o globo terrestre.
Dois montes entre nós,
qualquer encontro e corpos estraçalhados.
De um lado a precitação do cotidiano,
do outro o peso do futuro irrealizado.
Dois montes necessitando de uma ponte.
Estrutura de vontades, vigas éticas,
Pilastras de atração, muretas de verdades,
E nesta ponte nos encontramos.
Bem na equidistância dos montes que nos separavam,
Vimos que montes não haviam,
A ponte se tornara nossos abraços,
O encontro era o múltiplo solitário como centopéias.
Socorro: antes de ir adiante. Bom tê-la, pós ressaca momesma, no convívio do Cariricult.
Num quadro ,
Eu fico na parede
Da nossa ficção !
Poeta, nada mais ...
Poetas não tem corpos, para serem tocados ;
Sentidos, para serem feridos ...
São penas, tinta, papel.
Poetas não têm dor,
não sofrem, e sentem ...
Mas mentem, em corpos de papel.
Poetas não são vários, diferentes, diversos ...
É a tinta benta, aspergida aos ventos ,
em gotas, em versos.
Poetas não são plurais, mortais ...
Poetas são fatais
São versos...
Nada mais !
P.S Sou amante da poesia , mas é o poeta que me apaixona!
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