TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Silêncio Solitário

Olhos atentos te descobrem
E não adiantam todas as voltas
As meias, as teias...
Nem o decote, que decora...
Lá fora a lua some,
engolida por um dia...
Adormeço dos meus olhos,
e sinto que estou sozinha!


Da solitária cela
um céu sem avião ...
Barulhos solitários
pássaro,torneira,rádio,
e uma ponte imaginável...até você.
O instantâneo,suprime cores ,imagens...
Sinto silêncio no teu carro
Teu olhar se atenta numa estrada
onde barulhos normais escondem teu sorriso.
Paciente,recolho o absorto,
e solto da tua gaiola ,
meu pássaro escondido.
É tudo muito estranho,nesta nova dimensão...
Mas estamos vivos!
Não se explique..
Volte sem voltas
Não volte...Vamos adiante!
Vivo solidão,e respeito silêncios ...
Cada vez mais estreito é o caminho que nos liga
O que me apraz na vida
é a força poética ...
onde teu lápis e meu papel
acontecem um verso!

4 comentários:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Dois montes se eleveram no caminho,
de um deles cairia na gravidade sólida,
no outro ergueria o globo terrestre.

Dois montes entre nós,
qualquer encontro e corpos estraçalhados.
De um lado a precitação do cotidiano,
do outro o peso do futuro irrealizado.

Dois montes necessitando de uma ponte.
Estrutura de vontades, vigas éticas,
Pilastras de atração, muretas de verdades,
E nesta ponte nos encontramos.

Bem na equidistância dos montes que nos separavam,
Vimos que montes não haviam,
A ponte se tornara nossos abraços,
O encontro era o múltiplo solitário como centopéias.

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Socorro: antes de ir adiante. Bom tê-la, pós ressaca momesma, no convívio do Cariricult.

socorro moreira disse...

Num quadro ,
Eu fico na parede
Da nossa ficção !
Poeta, nada mais ...
Poetas não tem corpos, para serem tocados ;
Sentidos, para serem feridos ...
São penas, tinta, papel.
Poetas não têm dor,
não sofrem, e sentem ...
Mas mentem, em corpos de papel.
Poetas não são vários, diferentes, diversos ...
É a tinta benta, aspergida aos ventos ,
em gotas, em versos.
Poetas não são plurais, mortais ...
Poetas são fatais
São versos...
Nada mais !

socorro moreira disse...

P.S Sou amante da poesia , mas é o poeta que me apaixona!