TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 4 de março de 2008


Estive lá
E lá é bem diferente do que foi
O riso não desce mais tão espontâneo
E a pressa
É inimiga do contato
Do encontro, do esbarrão.
Me percebi entrando na festa
Sem ser convidado
Ou, entrando em outra festa, esta sim
Feita por novos personagens
O rock é bom assim como o blues
A farinha desconcentra
Mas o resto da semana em silêncio absoluto
Diz o óbvio em eco:
“o passado é uma roupa que não se veste mais”
Ou como diz o sábio mestre:
- bom é o que está sendo feito agora!

4 comentários:

Glória disse...

Lupinha, eu adorei ter te visto. Pq vc não retornou mais lá em casa ? Esse seu texto nos dá uma tristeza...mas nos mostra que o tempo é uma constante mudança. Senti uma coisa meio amarga misturada com nostalgia. Me arrependi pq não peguei seu cel. Pensei que vc fosse voltar. Um beijo do tamanho do mundo !

obs: ainda brindo o passsado com você, mas repaginada.

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Lupeu, meu brother, Cê tem razão! A gente não é mais dono do nosso tempo ou da nossa vida. Mesmo na "festa" você recebeu telefone das filhas e isso não existia noutro tempo. Os nossos cabelos grandes e nossa barba agressiva estão esbranquiçadas. Me enchi de ternura quando disse querer a sua mãe perto de você, agora, e que viera pra arrumar a bagagem dela. Também era diferente daquele tempo que já é passado.
Que felicidade que não somos os mesmos, mas continuamos amigos!
Um abraço fraternal,

socorro moreira disse...

Você chegou , sem voltar.
Fiquei sem contato , fiquei com o pé amarrado , sem eira , nem feira !
Mas o presente é um tempo enrolado ... o passado é irretocável !


Beijo!

@lorenatavares disse...

Acordei achando que tinha tido um déjà vu. As mesmas pessoas do passado, reunidas. Uma mesa de bar como testemunha e cervejas geladas que se esvaziavam ao sabor do encontro; o repente e a poesia disfarçados de papo "cabeça"; o riso correndo solto. Agora vejo que não foi déjà vu e sim nostalgia. Lupeu apareceu e sumiu. Saudade do tempo em que eu sabia onde encontra-lo todas as noites...

Lorena