Farto estou dos meios,
dos extremos, das metades.
Do corpo que se abriga em uma consciência etérea.
Morto estou dos pecados infantis.
Não há mais transitoriedade em minha mente.
O rio sumiu sob a velocidade das nuvens.
Permaneço córrego entre seixos lodosos.
As palavras morrem depois de pensadas.
Até antes de presumidas.
Sempre sonhei com o ápice
após cavar toneladas de terra.
O verme é humano,
respira bactérias milagrosas.
Hospedeiro que sou da eternidade
inquieto-me com a muriçoca
ensanguentada do meu sangue.
2 comentários:
Um tranco nas medidas,
outro na consciência etérea:
que morto é o rio desejado,
posto que de seus pecados infantis permanece um córrego.
E inspira bactérias milagrosas na intimidade subterrânea para brotar palavras feito ápices.
Tudo isso por uma palmada numa muriçoca que lhe filetava o sangue.
Poesia é como flor de outono,
é mudança de estação.
Hospedeiro da eternidade , teus versos são eternos !
Postar um comentário