TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Sétimo mês

Enforco-me agora.
Língua de boi,
tenho uma língua azul de boi
no matadouro abatido
pensativo e triste.
Mas o sangue não é meu.
O sangue que corre
junto com as moscas
não é meu nem me causa medo.
Enforco-me, adeus.

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