TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE
terça-feira, 19 de agosto de 2008
NADA DE NOVO
E pensando sei que não há nada desses vendavais cochichando nas orelhas dessas mangueiras que eu não saiba...
Nada desses espasmos coléricos vistos em trovoadas,que meus filhos mais novos já não tenham brincado, como brincam e vislumbram o ímpeto furioso na força centrípeta do pião movido pela ponteira entrelaçados nos dedos e o braço fino que o dá vida.
Esses ais de tiros, de mil mazelas...puro reflexos de nós mesmos, nada de novo para a retina cansada, nada de novo para o ouvido faminto.
E nesses dias muídos pelas dores, nessas flores de cera sobre a mesa de minha mãe...paira aí a síntese do homem:
A dor de não ser capaz de fazer mais nada, e nossa vida se reflete como os ecos no bosque cuspido pelo ladrar de cães.
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3 comentários:
S�vio,
� bom encontr�-lo por aqui de quando em vez e saber dessa poesia que dia a dia nos acostumamos a ela.
Obrigado pelo comentário Salatiel. É um prazer poder comentar por aqui.
Você é tão menino ainda , Sávio...Mas a dor não tem idade .
Tua poesia tem séculos de sensibilidade !
Abraços , poeta !
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