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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Restos mortais de bispos cratenses serão exumados



Os despojos dos três primeiros bispos da diocese de Crato – Dom Quintino, Dom Francisco e Dom Vicente – que se encontram sepultados em locais dispersos na Catedral de Nossa Senhora da Penha serão exumados no próximo dia 6 dezembro.
Em seguida, os restos mortais desses prelados serão sepultados na Capela da Esperança, ora em construção na catedral de Crato. Antes da inumação haverá a celebração de uma missa a ser presidida por Dom Fernando Panico, atual bispo diocesano.

Os bispos

Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, cearense de Quixeramobim, foi o primeiro bispo de Crato. Ele governou a diocese por 14 anos (1916-1929) e foi o responsável – dentre outras iniciativas – pela reabertura do Ginásio São José, com o nome de Ginásio Diocesano. Criou a Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus e o colégio com o mesmo nome. Fundou, em 1921, a primeira instituição de crédito do Sul do Ceará, o Banco do Cariri. Dom Quintino foi, ainda, o pioneiro do ensino superior no interior do Ceará, ao reabrir, em 1922, o Seminário São José, dotando-o dos cursos de filosofia e teologia, nos quais os novos padres recebiam a licenciatura plena.
Dom Francisco de Assis Pires, baiano de Salvador, segundo bispo de Crato, governou a diocese por 37 anos, de 1932-1959. Dom Francisco dotou a diocese de vários empreendimentos, dentre os quais se destacam o Hospital São Francisco, Colégio Diocesano, Patronato Padre Ibiapina (hoje sede da reitoria da Urca), Palácio Episcopal, Liceu Diocesano de Artes e o jornal "A Ação" que circulou até a década 70.
O terceiro bispo, Dom Vicente de Paulo Araújo Matos, cearense de Itapagé, chegou a Crato em 1955, como bispo - auxiliar, permanecendo até 1992, ou seja, por 37 anos. A ele a diocese deve, dentre várias iniciativas, a criação da Fundação Padre Ibiapina, da Faculdade de Filosofia de Crato (embrião da atual Universidade Regional do Cariri), dos Colégios Madre Ana Couto e Pequeno Príncipe, dos sindicatos de trabalhadores rurais nos municípios do Sul do Ceará, da Escola de Líderes Rurais e Organização Diocesana de Escola Profissionais, além da construção do Centro de Expansão que hoje leva o seu nome.

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