TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sopro Poético

Preciso pecar todo santo dia
para visitar minha alma
no paraíso terreno.

Minha mente corre mais que antílope sem rumo
cercado por ardentes labaredas.
Chego a cuspir cinzas,
meu espírito chamuscado chora.

Mas estou inteiro.
O coração atencioso.
A inabalável crença no amor materno.

Oxalá eu viva um pouco mais atento
ouvindo claramente minha silenciosa voz
que ora diz sim e que logo diz fuja.

Sigo então a poesia.
Com ela a vida é extrema:
gazela no espeto,
gazela a ruminar no verdejante pasto.

Um comentário:

Dihelson Mendonça disse...

Que beleza, Domingos,

Vejo que você não escreve apenas sobre a ARIDEZ do dia-a-dia, mas sabe ser lírico e apaixonado e usar belas palavras quando assim o deseja. Gostei bastante dessa aqui mesmo!.

Abraços,

Dihelson Mendonça