Anjo não sou
nem o desejo.
Mas amo as asas dos Serafins.
Minha aridez não é das planícies.
Dos pântanos.
Detrás dos galhos retorcidos
e dos lamentos dos corvos
uma lua cheia me comove.
Meu esqueleto ninguém leva nas costas.
Minha alma e minhas tolices
despojos aprisionados em uma arca.
Já fui pulverizado por trair a Verdade.
Resta-me cantar baixinho
seguindo os rastros dos Elfos e Sátiros.
Também adoro um vinho françês e um pedacinho de croissant.
Que viva o poeta fiel aos seus devaneios.
2 comentários:
Também não sou do pântano
Nem das montanhas
Sou do vale que começa
no sopé da serra
Aqui bem perto do Lameiro
Onde fiz minha morada
E onde já enterrei meu coração
O Pântano é ilusório.
Uma imagem poética.
Saiba, irmão, que o Vale do Cariri é vasto e generoso: nele o meu umbigo já foi enterrado.
Abraços.
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