Minha poesia é o fígado do mito grego
exposto ao sol e ao vento.
O que me deixa insaciável
de fato muito feliz
são as bicadas silenciosas
dos passarinhos.
Não há motivos para rastros
tampouco ruídos.
Bastam vir - meus passarinhos -
bicar, tirar um pedacinho
que logo se refaz o que foi perdido.
3 comentários:
O que fazer, quando não se pode mais elogiar as coisas, como já dizia o poeta...
Eis que ainda arrisco dizer que este poema foi muito bem inspirado. Talvez o seu poema mais "parnasiano" no que se refere à preferência pela mitologia grega. fazia um tempão que eu não ouvia mais falar sobre essa magnífica e incrível estória...mas que beleza de coveiro você é!
Abraços, poeta!
Dihelson Mendonça
Mitologia - grega ou outra qualquer -
é mesmo fascinante. Já pensou roubar o fogo dos deuses, presentear aos humanos e ser castigado acorrentado em um cume com o fígado exposto aos abutres...
Abraços, incansável Dihelson!
Pois é...
Aqui nesta terra, às vezes temos que dar uma de "Prometeu" e ficar com o fígado exposto, mas ele sempre se regenera...rs rs
Abraços, Poeta de todas as horas...
DM
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