Da peleja entre o poeta e os dedos
os únicos vencedores são os versos.
Mas se o poeta morre cedo
os vermes quem se glorifica.
Não é todo dia
debaixo da terra úmida
carne fresca e corajosa.
Mastiguem bem, meus amores
degustem das aurículas e dos tendões -
último lombo do frigorífico da esquina.
Um comentário:
ai que insônia gostosa...e quantos versos. Tua poesia "o outro" justifica um pouco dessa produção, não acha? imagine se não fossem os outros, são presentes para nós.
Abraços.
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