TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

INÚTIL



Tiro no artista, tentava de mordaça.
Nada o conteve. Do tiro a cor vazando pela sangria
E a mancha da paisagem qual aquarela que ficou estampada no muro

A mordaça, inútil, a algema, tampouco.
A música incontida em cada tímpano brincavana mente deste novo Hermeto
Não há como meu caro. O tiro, a mordaça a algema, enfim...

Tudo que é arma em tuas mãos, vira-se em verso,
Em música, em cena, em imagem...
O inferno que me destinaria, vira o azul violento do céu e a gaivota contando-o em forma de poesia.

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