VACAS
O sutiã, desfaçatez
Embaixo celebra um mistério
Encobre o que é belo
E o que não é belo
Porque não é belo.
Um meia-taça rendado
Da cor do vinho fino
Na região dos exportados
Exportadores enchem a mão
De seios fartos
Celebram o belo
Ora, o que não é
Amamentar a infância
O leite da falta
De intolerância
Vacas magras
Na estiagem
E Dom silicone
E sua bio-maquiagem
A aumentar a beleza
Ciência da calamidade
Ora, o que não é
Esperar o acesso
Ao leite que pinga
No chão aguado
Desespero de umas
O sertão irrigado
Enchê-las todas
De pão e trabalho
Encheu as tetas
De algumas
Na redondeza
A seio-ciência
E a impaciência
Umas palavras
2 comentários:
Não disse que concordo com a frase do seu post...embora ela alerte e até lisongeie poetas catedráticos.
Poesia promove os imbecilizados na medida em que se torna acessível, que deve ser uma meta do Minc, inclusive.
Se porta fechada, Lupin, excentricidade é o luxo da crítica.
O grande poeta sim, consegue fazer as duas coisas.
Um abraço
Bom,fiquei lisonjeado por ter me citado e principalmente por ler atentamente os meus cartuns.A gente(inteligente)não é obrigada a concordar com tudo que lê.Faz parte do jogo democrático discordar.Importante é estar atento.É isso amiga.
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