TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Um Pensamento...


"Não há nada que traga mais religiosidade ao homem, e até às pedras, do que o medo da Morte ou a proximidade do fim. A morte tem o dom de transformar lobos em cordeiros e demônios em santos. Não pelas suas virtudes, mas pelo velho e simples terror de perder-se."

DM

6 comentários:

Maurício Tavares disse...

Concordo integralmente com o pensamento. Alguns depois de passado o risco de morte esquecem o surto religioso, outros viram pastores de alguma dessas milhares de igrejas novas. Não me excluo da possiblidade de repetir tal comportamento. Talvez viver para alguns é conviver permanentemente com o medo da morte

Dihelson Mendonça disse...

Sim, e é por isso que há tantas igrejas, denominações e planos de venda pós-morte. Tantas ideologias, tantos Ismos e Kismos. tantas guerras. As maiores guerras da humanidade foram feitas por causa de religião. Alguém sugeriu que se extirpassem a religião da humanidade, acabariam quase todas as guerras.

A Indústria do Pós-Morte é a maior indústria que existe, porque ela se baseia no primeiro medo de todo ser vivente. O medo de perder o corpo e a consciência.

As religiões exploram o Medo!

Só o sexo deve vir em segundo lugar na escala das preocupações, como valor positivo ( em certo sentido filosófico ), de perpetuação da espécie, e portanto de perpetuação da vida.

Assim, os hedonistas já achavam que deve-se viver o momento com toda a plenitude.

Os espiritualistas preferem guardar-se da vida atual, a fim de viverem-na após a morte ???

Vivam a vida plena no paraíso! E paguem agora com seu MASTERCARD.

DM

Cesar Augusto disse...

Rssss...O Sr. pensa que é fácil envelhecer?

Eu por exemplo, já virei Católico Apostólico Romano, umas vinte vezes...rsss

Cesar Augusto disse...

...FERVOROSO!!!!

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Cesar Augusto no bom estilo do repente. Lembrou aquela piada: deixar de fumar é fácil, já deixei umas vinte vezes....

Dihelson Mendonça disse...

Cesar...os que irão morrer te saúdam!

Quero envelhecer da maneira mais pura, isenta de morte, quanto possível. Admitindo que todos podem ter razões, e que a verdade é como um pássaro que habita muitas árvores. Que há um ser supremo que eu não compreendo, porque não tenho inteligência para tal. Que julguei ter amigos que eram apenas fantasmas, e criei na minha imaginação exércitos de inimigos que nunca fizeram-me qualquer mal.

Que posso acrescentar ainda? volto ao pó de que eu um dia fui feito. Mas como foi boa e bela a minha estada! Que poderia eu ainda querer após a minha morte ? Serei tão arrogante que não sendo nada, tornaram-me gente, e hoje eu desejaria viver pelas portas da eternidade adentro?

Não! Amei, sorri, vivi, lutei, perdi, venci. Aprendi que quando estamos mais convictos de algo é quase sempre aonde estamos absolutamente equivocados. Por isso talvez não precisássemos dizer algo sobre a vida. Nem questioná-la, talvez, pois ao expressarmos algo, sempre estamos a mentir sobre nós mesmos. Somos eternos mentirosos em relação à vida.

Desejei apenas olhar a folhagem em volta exuberante. Ouvir o canto de um pássaro. Sentir o calor da pele de outro ser humano. Aí está a vida !?

O resto, não passa de vaidade debaixo do céu.

Abraços,

Dihelson Mendonça