Sei que louvando a Poesia
estou a adorar um único Deus
embora a Poesia pareça
ao mesmo tempo
com tantas coisas
sob a mesma luz
tantas sombras.
Sei que corro um risco danado
de ser a Poesia
uma assombração medonha
atrás da porta
um bicho-papão debaixo da cama
um abismo infindável no fim do corredor
mas não tenho outra Verdade
não consigo beber doutra Fonte
então não tenho medo
e continuo acendendo
uma única vela
para tantos deuses.
2 comentários:
Gostei muito desse poema, Domingos.
Peço a sua permissão para ilustrar o Pensamento do Dia com ele no Blog do Crato.
Um grande abraço,
Dihelson Mendonça
Meu camarada,
a ti toda permissão
com afeto.
Um forte abraço.
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