TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 1 de agosto de 2009

Hugo Chávez, versão tropical de Idi Amin Dada


A história parece que possui mesmo o nexo marxista de se repetir como farsa. Ao que tudo indica, a América Latina, mais particularmente a América do Sul, parece não ter assimilado tais lições da História que não se encontram, necessariamente, em livros didáticos ou em trabalhos acadêmicos. A prova disso é o caso da Venezuela sob a batuta de Hugo Chávez. O fanfarrão caribenho representa o perfil do novo caudilho latino-americano ao reproduzir, sob nova roupagem, os complexos, os traumas, as frustrações e as neuroses dos tiranos já conhecidos como Stalin, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Saddan Houssein e Robert Mugabe.
Em nome do povo, da nação, dos pobres, dos marginalizados, dentre outras vítimas, esses senhores desprezaram qualquer tipo de razoabilidade democrática que propiciasse o diálogo com as oposições políticas, com a diversidade de idéias e o pluralismo político. Para o ditador, não importando de onde venha, todo o arcabouço que encerra o teor civilizador da política parece restrito ao espírito de vingança e revanche contra ‘séculos de opressão', pois não há espaço para instituições, regramentos, limites e sobretudo para contraditórios.
Ademais, Chávez não pode ser comparado, ao contrário do que pensa a mal informada esquerda brasileira, a qualquer liderança popular latino-americana como Zapata, Sandino ou Martí, pois estes eram homens de princípio, não oportunistas vulgares. Chávez, por seu turno, é a versão
tropical fascista de um Idi Amin Dada, (foto ao lado) que encontra solo fértil para seus delírios justamente por faltar a noção básica de autonomia dos indivíduos como seres pensantes.
Dignidade que é trocada pelo discurso fácil, pelo imediatismo econômico, pela docilidade e submissão daqueles que, por nunca terem tido a oportunidade de se constituírem seres humanos na acepção da palavra, tornam-se ‘cidadãos' de um projeto político de restrição de suas próprias vidas.

4 comentários:

Maurício Tavares disse...

Armando
Como uma pessoa pode ser a versão tropical de uma outra que já é tropical?

Armando Rafael disse...

Murício:
Também eu me questionei. Mas, como você pode ver, esta matéria foi transcrita da fonte citada no final e fui obrigado a respeitar o título original.
Mas a que a semelhança existe, lá isso é verdade...

Maurício Tavares disse...

Concordo com a semelhança e agradeço a explicação.

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Caros Maurícios e Armando: a política não se encontra numa pessoa. A política não é das pessoas. Ela só existe quando entre pessoas. Ela é externa à pessoa. Portanto nenhuma semelhança, nem como farsa, entre as políticas que estas lideranças representaram. Apenas funciona como emoção fla x flu. Aliás o erro já começa em querer afastar Chavez de uma possível comparação, de personagens politica, social e historicamente imcomparáveis: Marti, Sandino e Zapata. Como propaganda antes Chavez funciona, inclusive pelas sucessivas postagens do papagaio no ombro dele à moda pirata. Óbvio não?