Propaganda do Movimento "Cansei", movimento da "nossa direita"! Também conhecido por seu grande sucesso entre a população...
Quanto interesse pela ilha. A "nossa" direita se preocupa mais com a ilha do que a própria direita cubana. Fazem inveja até à direita cristã norte-americana. No caso do "dissidente" cubano, fico a pensar que usando o raciocínio da direita brasileira, Fernandinho Beira-Mar seria um dissidente. Só falta começar a greve de fome.
.
Como as nossas emissoras e jornalões só apresentam a versão da livre-iniciativa, que tal lermos um pouco do contraditório?
Enrique Ubieta: Para quem é útil a morte do preso cubano?
"A absoluta carência de mártires de que padece a contra-revolução cubana é proporcional à sua falta de escrúpulos. É difícil morrer em Cuba, não porque as expectativas de vida sejam de primeiro mundo - ninguém morre de fome, apesar da falta de recursos, ou de doenças curáveis -, mas porque impera a lei e a honra."
Por Enrique Ubieta, em Cuba Debate
"Os mercenários cubanos podem ser presos e julgados seguindo leis vigentes - em nenhum país se pode violar leis (receber dinheiro e trabalhar com a embaixada de um país considerado como inimigo nos Estados Unidos, por exemplo, pode levar a severas sanções de privação de liberdade) -, mas eles sabem que em Cuba ninguém desaparece, ou é morto pela polícia.
Não existem "lugares obscuros" para interrogatórios "não convencionais" a presos-desaparecidos, como os de Guantánamo e Abu Ghraib. Além disso, o ser humano entrega sua vida por um ideal que priorize a felicidade de todos e não a sua própria felicidade.
Nas últimas horas, entretanto, algumas agências de notícias e governos se apressaram em condenar Cuba pela morte, na prisão, em 23 de fevereiro, do cubano Orlando Zapata Tamayo. Toda morte é dolorosa e lamentável. Mas o eco da mídia desta vez se tinge de entusiasmo: finalmente, parecem dizer, aparece um "herói". Por isso se impõe explicar brevemente, sem qualificações desnecessárias, quem era Zapata Tamayo.
Considerando seus antecedentes e condição penal, desta vez, foi condenado a 3 anos de prisão, mas a sentença inicial foi ampliada de forma significativa no ano seguinte por sua conduta agressiva na prisão.
De um lado, existia a contra-revolução ávida em mobilizar o maior número possível de supostos ou reais correligionários nas suas fileiras. Do outro, convencido das vantagens materiais que envolvia uma "militância" amamentada pelas embaixadas estrangeiras, Zapata Tamayo adotou o perfil "político" quando sua biografia penal já era extensa.
Nesse novo papel, ele foi estimulado algumas vezes pelos seus mentores políticos a iniciar greves de fome que minaram definitivamente seu organismo. A medicina cubana o acompanhou. Nas diferentes instituições hospitalares onde foi tratado há especialistas altamente qualificados - aos quais foram agregados os consultores de diferentes centros, que não pouparam recursos para seu tratamento. Ele recebeu alimentação intravenosa. A família foi informada de cada passo. Sua vida foi prolongada durante dias por respiração artificial. De tudo isto existem provas documentais.
Mas há perguntas sem respostas que não são médicas. Quem incentivou Zapata a manter uma atitude que era obviamente suicida e por quê? A quem convinha a sua morte? O desenlace fatal regozija intimamente os hipócritas "sofredores". Zapata era o candidato perfeito: um homem "dispensável" para os inimigos da Revolução, e facil de convencer para que persistisse em um esforço absurdo, de exigências impossíveis (televisão, cozinha e telefone celular pessoa dentro da cela), que nenhum dos verdadeiros líderes teve a coragem de manter.
Acaso isto não é uma acusação contra aqueles que agora se apropriam de sua "causa"? Este caso é um resultado direto da política assassina contra Cuba, que encoraja a emigração ilegal, o desacato e a violação das lei e da ordem estabelecida. Aí está a única causa desta morte indesejável.
Mas por que há governos que se unem à campanha difamatória, se sabem - porque o sabem -, que em Cuba não se executa, nem se tortura, nem se empregam métodos extrajudiciais? Em qualquer país europeu podem ser encontrados casos - às vezes francas violações de princípios éticos - não tão bem atendidos quanto o nosso.
Alguns, como aqueles irlandeses que lutaram por sua independência na década de oitenta, morreram em meio à total indiferença dos políticos.
Alguns, como aqueles irlandeses que lutaram por sua independência na década de oitenta, morreram em meio à total indiferença dos políticos.
Por que há governantes que descartam a denúncia explícita do injusto confinamento sofrido por cinco cubanos nos Estados Unidos por lutarem contra o terrorismo, e se apressam em condenar Cuba, quando a pressão da mídia põe em perigo sua imagem política? Cuba já disse uma vez: podemos enviar todos os mercenários e suas famílias, mas nos devolvam nossos heróis. Nunca será possível usar chantagem política contra a Revolução Cubana.
Esperamos que os adversários imperiais saibam que nossa pátria não será jamais intimidada, curvada, nem apartada de seu heróico e digno caminho, pelas agressões, a mentira e a infâmia."
Fonte: Cuba Debate
Nenhum comentário:
Postar um comentário