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sexta-feira, 16 de abril de 2010

MST suspeita que Dantas "organizou" invasão à fazenda que grilou no Pará


"A Globo é incrível: no lugar certo, na hora certa" 


"Em março de 2009, uma equipe da Rede Globo conseguiu um furo de reportagem.
Testemunhou uma feroz invasão de terras griladas por Daniel Dantas, no Pará.
Imediatamente, o jornal nacional e suas ramificações – por exemplo, o G1, – divulgaram as imagens ferocíssimas.

O PiG (*) tratou o assunto como se a Longa Marcha de Mao Tse Tung tivesse acabado de chegar ao Jardim Botânico.
Pouco antes, o Supremo Presidente do Supremo tinha feito declarações bombásticas em defesa da Ordem e do Respeito à Propriedade Rural (sobretudo a Grande).
Clique aqui para ver sua melancólica despedida no Estadão de hoje.  ( http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,para-mendes-judiciario-sai-de-sua-gestao-mais-forte,538601,0.htm )

E o PiG (*) tratou a invasão como uma resposta do MST ao Supremo Presidente.
Clique aqui para ver sobre o aumento da violência no campo e o papel de Gilmar Dantas . 

Hoje, eu conheci João Paulo, líder do MST.
Ele me contou a seguinte história.
Poucos dias depois de “coordenar” a invasão das terras de Dantas, o “coordenador” deixou o MST  e apareceu com um carro novo.
A “coordenação” da invasão foi toda sua.
Ele não consultou ninguém.
Ele não pediu autorização a nenhuma liderança do MST no Pará.
Havia um grupo de acampados perto da sede da fazenda que Dantas grilou.
Três homens saíram do acampamento para cortar lenha.
O “coordenador” disse aos acampados que os três tinham sido sequestrados pelo dono da fazenda.

E “coordenou” a ida dos acampados à sede fazenda para buscar os companheiros.
Quando chegaram lá, havia uma milícia armada, que atirou neles.
E a equipe da Globo, que filmou aquele “furo” fantástico !
Depois, a Globo admitiu que sua equipe viajou para a fazenda num jatinho do Opportunity.
Alguém persuadiu o “coordenador” – disso o João Paulo tem razão.

O resto é suspeita."

Paulo Henrique Amorim

(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

Fonte: Conversa Afiada

3 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

Lá vem mais uma daquelas lições de proselitismo vermelho tentando arrebalhar algum tolo à disposição que acredita em Chapeuzinho Vermelho e Branca de Neve.

DM

Unknown disse...

Como sempre, gentil e educado.

Unknown disse...

E o PHA agora é "vermelho"!