TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 17 de abril de 2011

As portas do abismo - Emerson Monteiro

O ser humano vive para responder a desafios, sendo esses ainda mais variados nos dias atuais, desde doenças transmitidas nas relações íntimas até as desigualdades sociais, expressas nos lances da violência urbana que predominam, sobretudo nas maiores cidades, sem, no entanto, isentar dos crimes bárbaros menores comunidades, em parte originários na ausência de formação moral, nos índices de crescente agressividade e na utilização indiscriminada de substâncias bloqueadoras da racionalidade, os tais entorpecentes avassaladores.
Neste ponto histórico da raça humana, exageros se apresentam com tamanha dominação que muitos se deixam abandonar ao impacto desses desafios, quais meros escravos das destruições em série; o crack, a cocaína, a maconha, a nicotina e o álcool.
O senso crítico bem que pode prevenir a vacilação comprometedora. Já desde a infância que os jovens devem dispor de estrutura para superar o sugadouro em que se transformou a vida mundana, tendo no comando das instituições do entretenimento os meios de comunicação de massa, por vezes inconscientes do seu poder destruidor, espécie de tóxico permitido à luz do dia, com força inimaginável, instrumentos do desequilíbrio, outro tipo de droga quase sempre usada de modo equivocado para vender o sensacionalismo e tolerada acima de qualquer suspeita.
Assim, dizíamos, os jovens têm de descobrir desde cedo como criar a firmeza de atravessar o largo pântano do Planeta em chamas, independente da opinião de terceiros, pois a peleja é, na verdade, uma missão individual fora do juízo alheio dos demais, considerando-se saúde mental como a peça chave desse equilíbrio naquilo que irá cumprir, no rumo da realização pessoal.
Quando sabem como agir, fruta rara, os moços exercitam a superioridade no embalo de todos esses fatores adversos. Põem-se a par do valor das coisas simples, dentre elas a lucidez de construir um sonho novo dentro do coração, a esperança dos tempos futuros.
O jovem, contudo, nem sempre possui as condições de vencer o mar tormentoso das tentações, porém deve fazê-lo, custe o que custar de sacrifício e vaidades, em favor da própria sobrevivência, porque assim trará consigo respostas plenas à Humanidade. Avalie com carinho essa perspectiva de manter a sobriedade no decorre da vida e verá como as reservas obtidas serão suficientes para vencer todos os obstáculos. Só então perceberá o quanto de sabedoria existe nos infindáveis mistérios da natureza interior das criaturas humanas.

Nenhum comentário: