TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
João Paulo II - Emerson Monteiro
Veja só como os assuntos se organizam na cabeça da gente para chegar ao papel. Ontem, no início da tarde, me preparando para rápido cochilo, no programa Forró do Povo de Deus, da Rádio FM Padre Cícero, ouvi J. Farias cantar a música Obrigado, João Paulo, de Luiz Gonzaga.
Mais tarde, ao despertar, o baião ainda persistiu rondando meus pensamentos por mais algum tempo, João Paulo II / De Deus, grande graça / O povo te abraça / Em ti, vê Jesus / Feliz te agradece / Por o visitares / E a Cristo adorares / Na Terra da Luz.
Já à noite, na casa de um amigo, me deparei com álbum editado pelo jornal O Povo, de Fortaleza, com a retrospectiva da publicação desde seus inícios em 1928, fundada que fora pelo jornalista Demócrito Rocha. Lá estavam, no meio de muitos acontecimentos que marcara o período, as andanças de João Paulo II pelo mundo, a visitar os fiéis católicos, nas inúmeras viagens que realizou, inclusive duas vezes nas terras do Brasil. Fotografias das figuras importantes que marcaram o século XX desfilavam pelas páginas, Nelson Mandela, John Lennon, Mahatma Gandhi, John Kennedy, Che Guevara, Mao-Tsé-Tung, Martin Luther King e tantos, e tantos outros.
Das personalidades mais influentes dos séculos do Catolicismo, João Paulo trouxe na divisa latina do seu papado a insígnia De labore solis, que, em português, significa Do trabalho do Sol, interpretando qual seu modo de acompanhar a Terra nos movimentos constantes de rotação e translação em volta do Sol e do próprio eixo.
Incansável, realizou excursões ao resto do mundo, descentralizado das preocupações anteriores do Vaticano, com isto demonstrando carinho imenso pelos povos e lugares onde andou a beijar o solo em que chegasse.
No Ceará, receberia a feliz homenagem nessa canção sertaneja de bela feitura. João Paulo II... / A tua visita / É graça bendita / Pro povo cristão / É felicidade / Privar da amizade / Do teu coração. / Pastor muito amado / De amor nosso brado / A Deus levarás. / E a Roma voltando / Saudades deixando / Entre nós ficarás. Letra inspirada do padre Gothardo Lemos e música do Rei do Baião, que este interpretou com alegria, expressou com propriedade o tributo dos nordestinos a quem a Igreja cogita tornar santo e o transformou em beato neste ano de 2011.
Raros papas de outra nacionalidade que não a italiana ocuparam o trono de São Pedro. Karol Jósef Wojtyla foi um desses, que deixaria lembranças imorredouras no seio da humanidade. Virtuoso, amigo, desempenhou relevante papel sociopolítico no milênio que passou, dando exemplo de bondade entre os líderes da cena mundial, agora motivo deste rápido comentário.
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