TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O dinheiro e as religiões - Emerson Monteiro


Aonde chegar a mão humana ali ocorrem transformações por vezes desencontradas, e nem sempre para melhor. As mudanças de rumo daquilo visto nos inícios qual valores importantes sujeitam inverter seus objetivos originais. A invenção do dinheiro, por exemplo, demonstra isso com uma clareza meridiana. Em princípio visto qual rara solução para circular a riqueza na sociedade, depois endureceu os corações e gerou graves riscos à paz dentro das famílias e no seio das classes sociais. Parecido até com outro fenômeno que consta do livro bíblico do Êxodo.

Quando Moisés conduzia os descendentes de Abraão através do deserto da Arábia, na saída do Egito, o que durou 40 longos anos de agruras e apreensões, houve momento quando a fome pareceu dominar aquele povo de milhares de pessoas.

Em apuros, pediram a Deus que lhes salvasse da rude provação. Nos dias, então, logo cedo da manhã, passou a cair do céu o maná, um alimento misterioso, com o qual se alimentavam e sobreviveram.

No desejo de garantir os dias seguintes, os judeus quiseram guardar esse pão, e foram alertados de não o fazer. Aqueles que desobedeciam depois apenas achavam restos estragados. Como guardavam o sábado, grãos caídos nas sextas-feiras resistiam bem até o domingo.

Noutro trecho bíblico, Jesus afirma: Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

Isto ponderamos em vista dos excessos praticados, na época de hoje, com relação ao desespero de tantos para reter o dinheiro, inclusive no seio das religiões, desvirtuando os propósitos e valores da vida em grupo, isso tão só para chegar ao poder e controlar para si as multidões feitas rebanhos animais. Quantos se perderam feio na jornada do trabalho coletivo por causa dessa fome alucinada do vil metal, e distorcem as bênçãos das riquezas.

Há nisso sérias lições a tirar e modificar as atitudes, no afã de construir o futuro. Porquanto, noutra rara e bela afirmação, Jesus considera: Não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? ou: Que havemos de beber? ou: Com que nos havemos de vestir?

A ideologia praticada nesta hora, contudo, desvirtua princípios e insufla o culto exacerbado da matéria e dos capitais, iludindo também os dirigentes religiosos e dificultando para muitos a crença dos ensinos eternos.

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