TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A impolidez do mau humor

Arrumando meus papéis (joguei fora uma tonelada) encontrei um texto sobre humor de André Comte-Sponville: "É ridículo dar-se ares de importância. É ridículo levar-se a sério. Não ter humor é não ter humildade, é não ter lucidez, é não ter leveza, é ser demasiado cheio de si é estar demasuado enganadonacerca de si, é ser demasiado severo ou demasiado agressivo, é quase sempre carecer, com isso, de generosidade de doçura, de misericórdia..."
Defendo sempre que o humor, como diz Henri Bergson em um texto clássico sobre o tema, deve denunciar imposturas. Nunca chuto cachorro morto mas tenho prazer em apontar que o rei está nu.

5 comentários:

jflavio disse...

O humor nos permite ver através das vestes trnsparentes da hipocrisia e perceber que a realidade usa tamancas, que a seriedade veste cinta-liga , que a virilidade aparente tem pinto minúsculo. É uma forma de perceber a sociedade e a vida cotidiana sem seus filtros de etiqueta.O humor verdadeiro deve carregar consigo uma capacidade transformadora que vá ailém do simples denunciar. Sem censo de humor a vida fica intragável.


“Procuro dar meu recado através do humor. Humor pelo humor é sofisticação, é frescura. E nessa eu não tou: meu negócio é pé na cara. E levo o humorismo a sério. ”
( Henfil )

jflavio disse...

Em tempo: O texto do Maurício é revelador.

Maurício Tavares disse...

Jflavio

Gosto muito do que diz Robert Escarpit, ele define o humor "como uma vontade e ao mesmo tempo um meio de romper com o círculo de automatismos que, mortalmente naturais, a vida em sociedade e a vida, simplesmente, cristalizam ao nosso redor como uma proteção ou uma mortalha".

jflavio disse...

a definição do Robert é muito bonita, Maurício. Concordo com ele em g~enero, número e grau.

jflavio disse...

a definição do Robert é muito bonita, Maurício. Concordo com ele em g~enero, número e grau.