TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE
sábado, 31 de março de 2012
Inscrições abertas para 14° Mostra SESC Cariri de Culturas
O SESC convida os artistas a inscreverem propostas para participar da 14ª Mostra SESC Cariri de Culturas, que acontecerá de 9 a 14 de novembro de 2012, na região Sul do Estado.
Os interessados devem preencher a ficha on-line, que estará disponível de 2/4 a 31/5 no site http://mostracariri.sesc-ce.com.br.
A Mostra SESC Cariri de Culturas é um evento que objetiva estimular a produção cultural nos diversos seguimentos das artes, promovendo um panorama nacional e internacional da produção artística.
A força da tradição popular em contato com produções artísticas contemporâneas de vários pontos do País, e de fora dele - sempre enriquecedoras e revigorantes –, tomam as ruas, praças, teatros, clubes e galpões dos municípios do Crato, Juazeiro do Norte, Nova Olinda e outras 17 cidades por onde a mostra pede passagem, levando fragmentos da extensa programação.
América Latina é fonte de inspiração da esquerda francesa
"Homeopaticamente..." - José Nilton Mariano Saraiva
É que dia-a-dia a nossa eficiente Polícia Federal libera – de forma homeopática e devastadora – novas e cabeludas transcrições das conversas telefônicas mantidas entre o marginal Carlinhos Cachoeira e o Senador da República que se distinguiu pela pregação diuturna sobre a ética e moralidade na política e na coisa pública.
Impressionante é constatar que, afora os mimos e presentes recebidos (dinheiro, inclusive), o ilustre representante do estado de Goiás pôs o mandato literalmente a serviço de contraventor, atuando de forma desassombrada a beneficiá-lo em suas transações ilegais, mesmo que para tanto fosse necessário sugerir, influir ou mexer de alguma forma nos textos de leis que tratassem de jogos ilegais (além do que, há até uma humilhante desculpa formal para a demissão de alguns “apadrinhados” do contraventor que atuavam no seu gabinete, com a promessa de que, quando a coisa “esfriasse”, seriam integrados).
No mais, o que vazou é que existem mais de cinqüenta (50) CD’s repletos com tais transcrições, o que, pela amostra homeopática que nos foi disponibilizada, nos remete e indica a existência de coisas muito mais sérias e comprometedoras na atuação do “valente” parlamentar goiano.
E, como na fétida arena política prevalece o “salve-se quem puder”, o “primeiro os meus, depois os teus”, os companheiros de partido (Democratas) já se preparam pra expulsá-lo de suas hostes por... falta de decoro e ética no parlamento.
Agora, já que mortalmente ferido em sua honra e sujeito a prestar contas com a Justiça, bem que o “Doutor” Desmóstenes poderia, num laivo de honestidade e aproveitando-se da “delação premiada”, escancarar as comportas e contar “tim-tim-por-tim-tim” tudo sobre a atuação dos “nobres” colegas de parlamento. Seria capaz disso ???
Conta, Demóstenes, conta !!!
sexta-feira, 30 de março de 2012
AS VELAS LATINAS DAS QUINTAS FEIRAS - José do Vale Pinheiro Feitosa
Mais uma quinta feira. Toda quinta feira quando o corpo se desonera dos compromissos clínicos, no silêncio do pé de serra, ele expõe os fatos que se desenrolam na raiz de uma grande narrativa.
Mas nesta quinta ele perdera sua ilha de atracação. Sua Odisseia certamente no mar cearense, sem as ilhas do Egeu a desenrolar aventuras, na vastidão horizontal sem fim. Mas uma vastidão delimitada verticalmente pelo mar e pelo céu.
E seu destino sem porto, agora sem a ilha flutuante, no entanto, teve uma origem, um estaleiro onde seu barco flutuante fora construído. Mas é difícil precisar o local exato do estaleiro: se no meio da terra, nas Américas, ou nas margens orientais e ocidentais do Mediterrâneo. Com certeza a quilha veio do Oriente bíblico e o convés da Grécia.
Neste ponto gerou-se um paradoxo em sua narrativa desta quinta feira. Qual seja: não tem sentido falar-se numa origem desconsiderando ser esta o ponto inicial de uma ação cuja necessidade é o seu ponto final. E o ponto final de uma ação pode até acontecer por acaso, no entrechoque com penedos, mas isso apenas seria a quebra de um projeto individual a imaginar uma viagem muito mais longa, mas que, entretanto, não subtrai da ação o seu início e o seu fim.
Ação é o que estas quintas feiras revelam. Não uma deriva flutuante apenas ao sabor dos ventos. Acontece que há muito abandonou a vela áurica e seus necessários remos, afinal não viaja sobre uma galera, hoje a sua navegação acontece com velas latinas. As velas latinas viajam em qualquer tipo de vento.
As quintas feiras são exatamente isso: um navegante a traçar o próprio destino. E isso não pouco diante da incomensurável cordilheira a determinar o destino das pessoas. Aquelas que tomam o próprio destino em suas mãos podem ter cicatrizes, mas certamente o campo de ação a narrar quintas feiras.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Até os Macacos fazem Greve - José do Vale Pinheiro Feitosa
Eu pensei numa frase e logo imaginei o quanto é rica a nossa língua. Do que se tratava?
De uma frase que seria algo assim: até os macacos fazem greve, só os “trogloditas” acoitam grevistas. Em outras palavras, usava o primitivo e o irracional como exemplos contraditórios. Mas é mais ou menos assim o que acontece.
Quando lemos ou ouvimos alguém defendendo a ditadura militar de 64 pensamos no direito democrático desta defesa. Mas isso não lhe dar o direito de negar a violência que foi o golpe e menos ainda a perseguição e morte dos opositores ao regime.
Hoje à tarde voltei aos idos dos tempos da ditadura. Fiz parte da concentração que se postou em frene ao Clube Militar em que generais comemoravam o dia do golpe. Participando do protesto ao lado de muita gente daqueles idos e de uma juventude que honra o que são e o que fomos.
Os Generais em ato de franca provocação soltaram notas, negaram a violência praticada nas dependências públicas das instituições militares e ainda divulgaram com alarde que fariam a comemoração. Fomos para lá para apoiar a comissão da verdade, a apuração e exposição de assassinos e torturadores que agiram em nome do Estado brasileiro.
Antes que alguém ponha em dúvida todo esse passado cruel, a Comissão de Direitos Humanos da OEA pediu explicações ao governo brasileiro sobre a apuração da morte do jornalista Vladimir Herzog. E um general reformado, num programa de televisão questionou exatamente este fato.
Opa! O assunto era correlato: eu falava que até os macacos fazem greve. E não é força de expressão é a verdade observada. O pesquisador holandês Frans de Waal observou que macacos do gênero Cebus se recusam a fazer tarefas se percebem que estão sendo alvo de tratamento desigual. Os macacos pregos da nossa Mata Atlântica são exatamente tais sujeitos.
Segundo o pesquisador: se damos a um destes macacos pregos uma recompensa menor do que damos a outro pela mesma tarefa, o animal prejudicado e irrita e deixa de colaborar. O cientista se diz convencido que “esses macacos entendem perfeitamente quando são tratados de maneira injusta e podem rebelar-se contra a desigualdade de uma maneira comparável às greves dos humanos”.
Sabem por quê? Ideologia não enche barriga, mas a violência mata. Os espanhóis deram um pé na bunda eleitoral ao Partido Socialista que ficou na lengalenga liberal. Aí os conservadores acharam que tinham a caneta para enforcar o povo. A greve espanhola parou o país e reuniu mais de 800 mil pessoas nas praças públicas das principais cidades.
Mas os “trogloditas” continuam na viagem para cegar o sol.
Cais
O mar como sempre imenso e inescrutável. Limitando-se por todos os lados com infinitos abismos. Abaixo, os mistérios abissais e inatingíveis da água: fluida como a existência. Ao derredor, com horizontes a se perder de vista: a abóbada celeste em ósculo lambendo os quatro recantos , lubricamente, num cunilingus intocável e sensual. Acima: um céu azul pincelado, aqui e acolá, pelo algodão doce das nuvens; aparentemente ao alcance das mãos, em verdade apenas atingíveis pelas digitais do sonho. Cercado pelo mistério , carregando nas mãos apenas a rosa dos ventos, um veleiro singra as ondas sem destino pré-determinado, sem ter aonde ir e aonde chegar. À mercê dos ventos, cicla, como um pêndulo, entre tempestades e calmarias, ora velas enfunadas, ora mastro recolhido . Sem rumo claro, nenhum vento lhe é perfeitamente favorável ou desfavorável. Na viagem, o barquinho termina por descobrir que singra sem astrolábio e sem sextante . As estrelas no céu , a lua argêntea no firmamento não lhe são pontos de orientação, apenas compõem o cenário : prestam a iluminação necessária para o grande script da viagem que é simplesmente flutuar. Não haverá Monte Ararat à frente, as águas jamais baixarão e a pombinha nunca retornará com o ramo de folhas de oliveira , pela simples razão de que não há continente possível, não há pomba , não há árvore. Existem apenas o mar, o barco, a viagem.
Houve tempos em que o veleiro atingia às vezes uma pequena ilha flutuante e ali encontrava um porto seguro por alguns instantes. Era possível atracar, livrar-se temporariamente dos redemoinhos, das tormentas e gozar um pouco da paz reconfortante do cais. E antes de cair, novamente, nas correntes marinhas avassaladoras , podia pensar um pouco na viagem , agora com o contraponto do silêncio e da inércia. Na ilhazinha , atracado, o barquinho sentia-se com raízes, como uma árvore em solo firme, pronto a dar flores e frutos.
Um dia percebeu, com espanto, que a ilhazinha havia sido erodida e tragada pela inexorabilidade das marés. A paisagem voltara a ser imutável : mar e céu. O veleiro desliza agora à espera do tsunami vindouro ou do beijo fatal da quilha nas penedias. A árvore se transformou , num átimo, num simples aguapé obediente ao fluxos das águas e da preamar. E o barquinho à deriva fundeia-se no único esteio possível : uma âncora sombria, coberta de musgos e de ferrugem chamada Saudade.
J. Flávio Vieira
Guto Bitu – Comicamente seco e poético
A “face oculta” do Demóstenes – José Nilton Mariano Saraiva
Mas, como não existe crime perfeito (lembremo-nos que as falcatruas e desmandos do Rui só vieram a público recentemente), eis que o distinto vacila e a Polícia Federal (ainda lá em 2009) o flagra em mais de trezentos telefonemas (em apenas sete meses) com o criminoso Carlinhos Cachoeira, com o qual mantinha estreita amizade (e o mais incrível nisso tudo é que, a posteriori, ao ser questionado sobre de que tratavam, o “Doutor” Demóstenes, irônico e zombador, limitou-se a “zonar” com a cara de todos nós, ao dizer-se “conselheiro sentimental” do amigo).
No entanto, como não há coisa melhor que um dia atrás do outro (com uma noite no meio), eis que aconteceu o bendito “vazamento” para a imprensa e por extensão ao público (quem o terá feito ???) do teor dos tais telefonemas (autorizados pela Justiça), expondo a “face oculta” do ilustre Senador da República: descobriu-se, por exemplo, que ele tinha recebido de presente um telefone importado exclusivo (Nextel, linha direta, habilitado nos EE.UU.) para “contatos imediatos” com o “chefe”; que fora agraciado pelo próprio, quando do casamento, com um fogão e uma geladeira de luxo, também trazidos dos EE.UU.; que solicitara e conseguira uma “ajudazinha” de módicos R$ 3.000,00 para pagar um táxi-aéreo e principalmente, que cientificava, minuciosamente, ao “bicheiro-contraventor”, do teor de informações privilegiadas sobre ações dos três poderes federais: executivo, legislativo e judiciário.
Mais grave ainda: segundo a insuspeita revista Carta Capital, o senador teria direito a 30% da arrecadação total do esquema de jogos clandestinos comandados por Carlinhos Cachoeira (no estado de Goiás), que, em seis anos, teria movimentado míseros, irrisórios e desprezíveis (???) R$ 170 milhões.
E só assim, depois de pressionado e soterrado por esse verdadeiro terremoto de graves denúncias, oriundas das tais interceptações telefônicas e disponibilizadas ao público, foi que o Procurador Geral da República se viu literalmente “obrigado” a desengavetar o processo (de 2009) e acionar o Supremo Tribunal Federal para as providências cabíveis, enquanto que o Senado Federal deverá submetê-lo ao seu “Conselho de Ética”, objetivando uma possível cassação do mandato (neste momento, até os companheiros de partido, à frente o também mafioso José Agripino Maia, já ensaiam uma debandada geral).
Você, aí do outro lado da telinha, acredita mesmo que resultará alguma coisa, ou prevalecerá o velho e arcaico corporativismo (no Supremo e no Senado) ???
Mas... e a “grana” recebida, será devidamente reembolsada ???
Ou será que somente a desmoralização pública será suficiente pra penalizar essa corja de malfeitores, travestidos de “representantes do povo” ???
Convite Missa
Caros Amigos,
A Missa de Sétimo Dia de D. Ninette acontecerá na próxima Sexta-Feira - Dia 30 - na Igrejinha de N. S. de Fátima , no Pimenta, às 17 H. A Família agradece antecipadamente a presença de todos que puderem comparecer e compartilhar.
Hora - 17 : 00 H
Local - Igreja N. S. de Fátima ( Pimenta )
quarta-feira, 28 de março de 2012
As trombadas da Semana - José do Vale Pinheiro Feitosa
terça-feira, 27 de março de 2012
Dia Mundial do Teatro
A “amargura” do Chico – José Nilton Mariano Saraiva
Estranhamente, no entanto, ninguém fez qualquer comentário ou se ateve às entrelinhas e detalhes da sua última entrevista para a Rede Globo, quando, já visivelmente debilitado em razão do severo tratamento a que vinha se submetendo, prestou homenagem à atual mulher e teceu comentários sobre temas variados à belíssima repórter Patrícia Poeta, do “cast” global.
Pois bem, lá pras tantas, certamente que já ciente do seu delicado estado de saúde, o “homem” se sobrepôs ao artista, o “ser humano” se impôs ao humorista, o “irreverente” cedeu lugar a um sombrio personagem e, claramente amargurado, aflorou um Chico Anísio a reclamar do desprezo a que havia sido relegado, do sumiço de “espaço” na televisão, da repentina falta de “trabalho” e de como haviam “batido” nele nos últimos tempos.
E, finalizando, para que dúvidas não pairassem e todos tomassem conhecimento, categoricamente afirmou que o responsável pela triste e vexatória situação em que se encontrava estava vivo e, certamente, assistiria àquela entrevista.
Portanto, agora, que a Rede Globo se apressa em “homenageá-lo” reprisando seus melhores momentos (nada mais justo), sobra a indagação: quem, da cúpula global, seria o responsável pela “amargura” do Chico ???
segunda-feira, 26 de março de 2012
A Atração dos Fatos - José do Vale Pinheiro Feitosa
Obrigado !
Caros Amigos,
Faltam-me palavras para agradecer a profusão de palavras carinhosas ,recebidas recentemente, quando do encantamento da minha insubstituível D. Ninette. Em meio à dor e ao desespero da perda , essa solidariedade cai como um lenitivo para a ferida aberta e sangrante. Como um barco à deriva estou, e o consolo dos amigos é-me como um ar cálido a bafejar-me as velas , impulsionando-me para um longínquo mas possível porto seguro.
Obrigado por tudo !