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sábado, 20 de outubro de 2012

Entrevista com Abidoral Jamacaru (edição 30 d'O Berro, ano 2000)

Arquivo Cariri # 18 | O Berro nas antas # 14


(Show no Dragão do Mar, Fortaleza. Foto de arquivo cedida por Abidoral Jamacaru)

Hoje, dia 21 de junho de 2012, quando o município do Crato completa 248 anos de emancipação política, resolvemos buscar no nosso arquivo uma entrevista com um ilustre filho cratense, o cantor e compositor Abidoral Jamacaru.

A entrevista aconteceu no ano 2000 e foi publicada na edição 30 da versão impressa d'O Berro (de novembro daquele ano). Àquela época, Abidoral Jamacaru havia lançado apenas o LP Avallon, em 1986 (em 2000 ainda não havia a versão em CD, lançada alguns anos depois), e o CD O Peixe, em 1998. E só viria a gravar outro trabalho em 2008, o CD Bárbara.

O bate-papo com Abidoral foi descontraído e durou horas, rendendo um vasto e rico material. E de tão extensa que foi a conversa, tivemos que fazer uma seleção de apenas alguns momentos. Confira.

por Hudson Jorge, Luís André Bezerra e Ythallo Rodrigues
participação de Cícero Oliveira (in memoriam)


O BERRO: As músicas de seu primeiro LP, Avallon (1986), foram bem mais executadas e divulgadas do que as músicas do CD O Peixe (1998). Qual a comparação que você faz entre as duas épocas?
ABIDORAL JAMACARU: É que antigamente a região era muito carente de alguém que a representasse, então um artista sair do Cariri e gravar no Sul era um motivo de orgulho para a região. E gravei no Sul naquela época, o que era dificílimo. As pessoas também já tinham criado a expectativa de quando eu gravaria o primeiro disco, porque fiquei bastante conhecido no período dos Festivais, isso fez com que as rádios tivessem aquela receptividade. Outra coisa que facilitou é que nas rádios daqui não existia tão forte a disseminação do jabá. Aí quando cheguei com meu trabalho O Peixe, depois de 12 anos, já não foi mais a mesma coisa. Mas aos poucos eu fui brigando, fui insistindo. O disco terminou aparecendo depois, mas não foi como na outra vez. As rádios comunitárias tiveram um papel importante na divulgação de O Peixe porque, embora as ainda não tenham vindo como a gente esperava, ainda são uma alternativa. Por exemplo, foi em uma rádio comunitária que fiz uma das entrevistas mais bonitas, com o Ciço Gnomo na Rádio Santa Quitéria. Por esse período também Chico César passou por aqui [no Cariri], falou de mim, depois chegou Zeca Baleiro e falou alguma coisa, a Cássia Eller quando veio para o Chama falou de mim. Então, o disco devagarzinho foi aparecendo e hoje ainda está rodando.

Você chegou a participar daquele [evento] Chama?
Eu fui até usado pelo Chama. Garantiram-me uma participação e me escolheram pra ser o presidente do júri. Eu trabalhando para o Chama o tempo todinho e não cobrei nada por isso. Perdi um show que tinha marcado para a Paraíba e deixei de marcar um em Fortaleza, em função desse daqui. E quando foi no dia eles cortaram meu show. Eu tive prejuízo nessa história toda. Não é que eles não me pagaram, até porque não cheguei a tocar, o problema é que deixei de fazer dois shows, três com o que seria aqui.

Voltando à questão entre Avallon e O Peixe: no que se refere a espaços para shows aqui no Cariri, qual a diferença entre as duas épocas?
A questão é que aqui tem uma cultura de se fazer show em bar que termina não sendo um show, mas sim uma música de entretenimento, porque você vai tocar músicas de pessoas conhecidas. E existem até os chavões: é muito difícil em qualquer bar não estar tocando Djavan. Teve um tempo que era só João Bosco, outro que era só Caetano Veloso. Então eu não vou sentar lá e cantar esse pessoal porque tenho uma obra a mostrar, tenho propostas. Posso até tocar um cara desses, porque vale a pena quando [a canção] é bem feita, bonita, mas não vou fazer todo um show em cima deles.

E na época do Avallon você se apresentava muito aqui?
Sempre tive muita dificuldade de fazer apresentações aqui no Cariri. É uma luta de muito tempo. Teve um tempo até que fui perseguido, pela questão política, no tempo da repressão. Não explicitamente, porque não havia nenhuma prova contra mim. Mas nesse período, inclusive, cheguei a ser preso. Eu estava tocando numa barraca na Exposição onde ficava a oposição, que naquele tempo era o MDB, que deu origem ao PMDB.

Quando foi isso mais ou menos?
Década de 70, acho que 76. Era Médici [na realidade, Médici foi presidente até 1974, em 1976 a presidência estava com Geisel], que jogava duro mesmo. Aí nesse período estava tocando na barraca informalmente, dando força a um cara que estava fazendo um trabalho de pesquisa sobre o Caldeirão. Então a polícia foi lá, bateu e prendeu todo mundo. Tiveram que me soltar logo, não tinham nenhuma prova contra mim. Mas, resultado: quando saí da cadeia nesse período sofri uma marginalização muito grande aqui no Crato, até os pais de alguns amigos os proibiam de andar aqui em casa, com medo dessa história todinha. Surgiu um boato que me prejudicou muito tempo, de que eu era um cara perigoso, usava drogas e que pervertia os jovens (risos). Foi tudo bolado pra criar uma imagem negativa em cima da minha pessoa, porque, de qualquer maneira, eu aparecia muito e naquele tempo não queriam ninguém que aparecesse e pensasse alguma coisa.

Aqui na época tinha núcleo do MDB?
Tinha um pessoal de resistência aqui. O MDB na verdade não era um partido, e sim um saco de alternativas. O PCzão e o PC do B existiam na clandestinidade, não podiam legitimamente concorrer à eleição. E qualquer pessoa que se manifestasse contra aquele regime, ainda que não fosse filiado a um desses partidos, era taxado como uma pessoa subversiva, de princípios religiosos duvidosos, de uma moral comprometida, porque antes de tudo não era um nacionalista. Tinha até aquele slogan: “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

E comiam criancinhas. (risos)
E mais coisas: que a bandeira vermelha era a bandeira da guerra... Era tanta besteira, bobagem. Mas todas aquelas pessoas que não podiam se candidatar com suas ideologias próprias, entravam no MDB. E digo que era um saco de gatos. É tanto que dizem que Dom Paulo Evaristo, depois que houve a Anistia, escreveu um livro em que citou que a esquerda do Brasil só se unia na cadeia (risos). Então é em cima dessa afirmação que ainda hoje ela briga entre si. Quando ela está se juntando aí surge um partido mais radical e já nega tudo aquilo que os outros estão dizendo e rompe, é uma cisão. Mas tudo bem, o importante é que existam pessoas lutando e todas elas têm a intenção de que o país melhore. A ditadura tinha uma eficiência nas ações dela. E uma das eficiências foi a de apagar a memória do brasileiro. Todos foram anestesiados com festa e não sei o que mais lá.

Pão e circo...
Pão e circo, que é uma tática antiga. O filme O Gladiador já mostra bem essa transação. Houve isso, e ainda hoje eles tentam com essas vaquejadas (risos gerais). A Brahma bombardeia e quando você sai de uma vaquejada já estão anunciando outra. Que coisa terrível, né? E os vaqueiros agora são tudo filhinho de papai (risos), atrás de um prêmio que é um carro ou as coisas mais absurdas do mundo.

As pessoas passam toda a semana de terno e gravata e quando chegam no fim de semana colocam a bota e o chapéu de vaqueiro.
O pior é que não é chapéu de vaqueiro, é aquele chapéu de massa, copiando o americano. É a moda country. A coisa mais aberrante do mundo, mas tudo bem, no meio disso tudo tem pessoas como vocês [d'O Berro], que estão aí querendo sabatinar, né? (risos). E sempre tem essa moçada que segura a onda, isso é legal. Isso é o que nos dá a esperança de continuar, de batalhar e de perseverar com esse trabalho, procurando fazer o melhor possível cada vez mais.

Voltando à questão do show. Não existem bons espaços aqui para mostrar seu show? Tem um espaço agora super interessante que é o Navegarte, do Salatiel, que sempre teve boas ideias e vem trabalhando há um bom tempo com a cultura. O que está faltando para a região [do Cariri] melhorar nessa questão? Pois temos excelentes músicos.
O que Salatiel fez pela cultura, pelo menos aqui no Crato, foi o que todos os Secretários de Cultura que já estiveram por aqui não fizeram. Porque ele sempre fez um trabalho incondicional, bem feito, bem pensado e com honestidade. E com o Navegarte ele está procurando ainda criar uma estrutura para agir nesse aspecto. Ele vem agindo de certo modo, mas não é ainda como ele pretende. Ele pretende fazer um polo cultural lá, para que seja um espaço alternativo para todas aquelas pessoas que honestamente pretendem fazer uma arte, respeitando a estética e o conceito de construtivo. Então, ele abre esse espaço nesse sentido e eu acho muito importante.

Seria possível uma organização dos artistas do Cariri? Reunindo tanto a nova geração como os artistas que já batalham por espaço há algum tempo?
É muito difícil, mas é possível e seria uma boa saída, desde que ela tenha consciência, maturidade, porque tudo hoje funciona em grupo. Tem que funcionar dessa forma, porque o sistema imantado aí é muito forte, com tudo voltado para a questão do consumo daquelas pessoas que estão no ápice da pirâmide. E quem está concentrando essa renda domina todos os espaços e ela veicula o que quer, e a única saída seria essa união. Agora, até acontecer isso tem muita briga, pois é muito comum o jovem ainda não ter maturidade suficiente para entender a seriedade dessa reunião ou às vezes tem uns que se destacam com certo trabalho e o ego o desequilibra um pouco. Mas, por outro lado, o jovem tem aquela coisa do ímpeto, de acreditar mais, de lutar mais, entrar na ativa. E sempre no meio da turma tem um pessoal legal. É essa utopia saudável. Porque utopia é o lugar aonde não se chega, mas é lá que você objetiva e passando pelo caminho faz um monte de coisas.

Vemos a atuação de grupos isolados aqui na região e, muitas vezes, ao invés deles estarem unidos, ficam atacando uns aos outros. Como é que você vê essa separação?
Crítica ninguém evita, principalmente quando se está começando um trabalho e ele ainda não está amadurecido. Você pode ser até uma pessoa inteligente e ter ótimas idéias, mas você é vulnerável, porque você tem muito o que aprender, e muitas vezes o artista novo não aceita críticas. Eu mesmo não aceitava, reagia imediatamente, porque meu ego estava lá em cima. Quando comecei diziam que eu era inteligente, que eu era um artista, então meu ego subiu e, se alguém me criticasse, eu ficava aborrecido. Então, uma vez que nós artistas já somos carentes pela própria situação, terminamos na luta pela sobrevivência, um pisando em cima do ombro do outro para poder respirar. Isso acontece muito. A questão é com o tempo amadurecer e deixar isso de lado, porque na verdade está todo mundo no mesmo barco.

OLIVEIRA: Você acha que o som que fez no disco O Peixe é o mesmo que você fazia ou sempre fez?
Minha liberdade de criar eu prefiro não defini-la. Porque você acaba sendo um acúmulo de conhecimentos que vai adquirindo. Aí vai acrescentando no meio dessas coisas o estilo que você sempre sabia. E se você ficar se policiando por um estilo perde tudo isso. O meu trabalho talvez não tenha ficado envelhecido porque tive a liberdade de trabalhar como se fosse um trabalho atemporal. Com os pés no chão, mas não deixo de olhar pro céu, o espaço é infinito por aí.

OLIVEIRA: Estou perguntando isso para justamente fazer outra pergunta. Por exemplo, atualmente o que predomina são as fusões, fusão como as pessoas entendem hoje. Um exemplo: fazer um samba misturado com música eletrônica, misturado com rock, etc. Porque isso está “na crista da onda” e se não fizer “fica ultrapassado”.
Não existe essa cobrança de fazer isso, existe a questão de você se sentir bem sozinho. Quando parte do princípio da cobrança você passa a ser coagido e não é saudável.

OLIVEIRA: Já existiam aqueles cantos árabes, aí alguém vai e coloca uma batida eletrônica e explode no mundo todo...
Fundir ritmo com ritmo existe de duas formas. Existem os oportunistas e outros que pensam o seguinte: “eu tenho esse conhecimento dentro de mim, eu senti isso, e por que não vou me dar isso?”. Botar isso pra fora!. “Vomitar” no bom sentido. Por que estar me policiando? Eu não sou um purista. Não sou de fazer aquela música brasileira pura, eu gosto da irreverência do rock, da profundidade do jazz, da música erudita pelo seu manancial que hoje serve para todo mundo, que é você mexer com escala acromática...

Fala um pouco sobre o grupo Nessa Hora, que você tinha na década de 1970. Como era o som dele...
Nos anos 70 existiam uns festivais de música que revelaram muita gente boa do Cariri. Meu irmão, o Pachelly [Jamacaru], tem idade de ser meu filho (risos), mas ele só vivia no meu pé, aquela coisa de louco pelo trabalho. Peguei ele e mais dois amigos seus, na faixa de 13 ou 14 anos, e eu já com quase trinta, falei: “vamos formar um grupo diferente”. Mas Pachelly disse: “a gente não sabe nem tocar!”. Eu disse: “aprende!”. Aí eu ficava aqui dentro de casa na semana, com esses três meninos. E passamos quase um ano ensaiando. Nesse tempo eu estava com tanta raiva dessa história de todo mundo definir que “música boa era essa, música boa era aquela”, que combinei com os meninos de a gente não ouvir mais rádio, não ouvir mais disco de ninguém. E a gente descobriu som em tudo... A gente batia na porta e dizia: “A porta tem som”. Então, vamos aproveitar o som desta porta! Saímos fazendo experiência com tudo. A gente chamava o grupo Nessa Hora porque foi o grupo “nessa hora” que decidiu. Como terminamos esse trabalho, pintou um Festival, então entrei com esse grupo cheio de meninos e fomos cantar uma música chamada “Margem Virgem”. Pachelly com o pífano, que tinha aprendido com os Aniceto, mas também cheio de informação de Jethro Tull, era uma misturada danada. Vinha Aldízio e Paulinho misturando as percussões dos “reisados” com Djalma Correia, Naná Vasconcelos, etc. Tínhamos a liberdade trabalhar com o que era bom. Então entramos no festival com essa música “Margem Virgem”. Quando a gente tocou, a quadra ficou parada, todo mundo sem entender nada (risos). Uma letra hermética, avançadíssima, meio filosófica, com um som experimental, mas ao mesmo tempo gostoso, ritmado, porque tinha alguma coisa da música russa, foi uma salada danada, que causava um impacto, uma surpresa. E o resultado? Batemos o recorde do festival: ganhamos a melhor música, o melhor arranjo, o melhor intérprete, melhor letra. Até a gente se surpreendeu, porque a gente não esperava.

E os meninos aprenderam a tocar? (risos gerais)
Claro! Aldízio vive hoje tocando no Japão, não sei mais onde, ele é chamado de Aldízio Tapioca; Chico Carlo que, também chegou a tocar com a gente, está tocando com Almir Deodato nos Estados Unidos; Paulinho toca com um grupo de rock da pesada, em São Paulo; e Pachelly tem um trabalho do qual vocês já tomaram conhecimento. A não ser os cantores, um deles foi assassinado e o outro é sobrinho de um candidato a prefeito, e esse desandou mesmo (risos gerais).

Era bom ficarmos falando das coisas boas mas, de lá pra cá, e principalmente atualmente, o que é ruim incomoda bastante. Você não tem televisão em casa, é menos bombardeado com essas “más influências”, mas como é pra você saber que aquele espaço poderia ser seu? Pois lá o que tem é gente se passando por artista.
Não tenho mais a ilusão de que a boa música vá ocupar o cenário brasileiro, porque a minha opção foi de estar bem comigo. Então, num país em que o mercado fonográfico é considerado o sexto do mundo, se não me engano, e que todas as grandes gravadoras que estão aqui são multinacionais, nenhuma delas tem compromisso com a cultura, mas sim com o faturamento. Então não acredito, a não ser que a boa música venha a ser um modismo...

Que acaba tendo seu lado prejudicial...
Mas se vier deixa alguma coisa boa.

Já pensou Gugu ali na banheira apresentando Abidoral, Chico Buarque, Hermeto Pascoal, todos na banheira caçando sabonete? (risos gerais)
A gente ia imitar os índios, tem o nu puro (risos). Os índios fazem isso com a maior pureza. Eu iria lá cantar nu, sem maldade nenhuma (risos). Mas quanto à nudez, que coisa mais bonita era a nudez do índio, a pureza acima disso tudo, sem maldade.

O nome de seu CD, O Peixe, é o título de um poema de Patativa do Assaré. Você tinha quatro nomes pra escolher e sua intenção foi a de simplesmente homenagear o grande Poeta do Sertão?
Olha, aqui na região ele "já existe" há décadas, e de uns anos pra cá é que o descobriram e ele estourou no mundo inteiro. Mas eu já tinha conhecimento de Patativa desde criança, porque ele era cliente do armarinho de meu pai. E tive a felicidade de que esse armarinho tivesse uns clientes importantes, com quem eu convivia. Um era Luiz Gonzaga, o outro Patativa do Assaré, e Cego Oliveira, os [Irmãos] Aniceto...

Quando foi isso mais ou menos?
Meu pai foi comerciante de 1927 até o final da década de 60 e início de 70. Há muito tempo, então, conheço Patativa. Quando ele estourou apareceu muita gente fazendo parceria e, quando ele percebeu que tinha muita gente em cima de seu trabalho, fez um poema chamado “Cante lá que eu canto cá", chamando bem a atenção: "poeta lá da cidade cante suas coisas lá que eu canto minhas coisas aqui do sertão”. Eu tinha vontade de fazer parceria com ele e recuei, voltei atrás. Quando foi outro dia, li "O Peixe", aí se você percebe direitinho, a letra é bem elaborada e de certo modo meio erudita. Os primeiros versos dizem assim: "tendo por berço o lago cristalino / folga o peixe a nadar todo inocente / medo ou receio do porvir não sente / pois vive incauto do fatal destino / se na ponta de um fio longo e fino / a isca avista ferra-a inconsciente / ficando o pobre peixe, de repente / preso ao anzol do pescador ladino". Uma linguagem que vinha até a cidade. Eu disse: "aí eu posso cantar" e aproveitei, já que me chamaram para cantar numa dessas homenagens e a homenagem que achei foi a de musicar esse poema. Não estava nem pensando em gravar o disco ainda. Então, quando o disco apareceu, eu gravei e veio a questão do nome. Por que o nome O Peixe? Comecei a notar que havia uma série de fatores. Nós estamos terminando a Era de Peixes e entrando na Era de Aquários, e Aquário é aquele que dá comida aos peixes.

E a capa, retrata o fóssil?
A capa é também sobre os fósseis, que são nossas riquezas do conhecimento histórico, que dão uma importância muito grande à região do Cariri.

E que por sinal estão sendo roubados...
Pois é, estão sendo roubados. E todas essas coisas se somaram e vieram dizer que o nome do disco seria O Peixe.

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