Já tivemos - os
brasileiros – já lá se vão alguns anos, sobejas razões para permanecer em casa
às manhãs dos domingos (e até mesmo acordar na madrugada), a fim de acompanhar nossos
pilotos nas concorridas corridas de Fórmula 1, mundo afora.
A partir do pioneiro
Emerson Fittipaldi (bicampeão da Fórmula 1 e campeão na Indy), passando pelo
polêmico e antipático Nelson Piquet (tricampeão) até chegar no Ayrton Senna
(também tri), todos eles nos deram prova de competitividade e arrojo, elevando
o nome do Brasil lá fora e, evidentemente, deixando-nos cheios de orgulho.
Eis que, com a morte
prematura e dramática do Ayrton Senna, em 1994, no auge da forma, que provocou
uma consternação geral não só aqui, como em outros países, onde era respeitado
em razão do carisma e competência, a Rede Globo (promotora do evento pra essas
bandas) resolveu jogar todas as fichas no atrapalhado paulista Rubens Barrichello.
Foi uma decepção. Desprovido
de carisma, com os nervos sempre em pandarecos, medroso e atrapalhado,
principalmente nas corridas aqui no Brasil, até a comemoração (nas raras vezes
em que conseguiu subir ao pódio) se nos apresentava ridícula e despropositada,
a tal “sambadinha”; e, mesmo chegando a uma equipe de ponta como a italiana Ferrari,
pouco fez de produtivo, embora se vanglorie de ser o piloto que mais participou
de corridas de Fórmula 1 (mais de 200 grandes prêmios).
Posteriormente, sempre
com o apoio da emissora global, num primeiro momento Felipe Massa nos fez sonhar
com os áureos tempos, impressão essa que se foi desvanecendo ao longo dos
meses; e, quando sofreu um grave acidente, na Hungria, que quase lhe ceifa a
vida, o brasileiro (agora casado) claramente voltou receoso, com o freio de mão
sempre levantado, embora com um carro de ponta (também a Ferrari).
Hoje, no país o esporte
já não causa nenhuma empolgação, tanto é que são poucos os brasileiros que se
dispõem a renunciar a uma praia ou mesmo a um shopping qualquer, nas manhãs de
domingo, a fim de encarar as insossas e previsíveis corridas de Fórmula 1.
Definitivamente, o
sonho acabou.
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