Esses políticos brasileiros
não têm mesmo jeito. Rubens Ricupero, Ministro da Fazenda do Governo Itamar Franco, durante
o intervalo da gravação de uma entrevista, sem saber que o microfone se achava
aberto, confidenciou ao repórter global Carlos Monfort (seu primo) não ter mesmo nenhum
escrúpulo: se a notícia fosse boa, divulgava e, se não (se fosse má) jogava pra
debaixo do tapete. Como as “parabólicas da vida” captaram a sua fala, de repente
metade do mundo e mais a outra banda tomou conhecimento e, assim, o metido a
esperto acabou por perder o emprego.
Agora temos aí o
pseudo-valentão Ciro Gomes, que tomou de conta do Governo do irmão e literalmente
se autonomeou Secretário de Saúde do Estado; e chegou fazendo uma zoada danada,
ao anunciar que em 90 dias acabaria com o tal “piscinão” do Hospital Geral de
Fortaleza (para os que não sabem, “piscinão” é como ficou conhecido o local, localizado
no térreo daquele hospital, e onde, por falta de leitos, os doentes eram amontoados
em macas, no chão, nos banheiros e por aí vai).
Pois bem, de repente o “piscinão”
secou. Num instante, como num passe de mágica, os doentes e agregados sumiram
do local e isso logo foi divulgado como se fora a marca da eficácia e eficiência
do gestor Ciro Gomes que, recém-chegado, já resolvera o problema, que perdurara
anos. Tanto que a área do antigo “piscinão”
agora era um imenso vazio.
Mas, como a mentira tem
pernas curtas, algum repórter bisbilhoteiro descobriu que o “piscinão” ressurgiu
no segundo andar do mesmo edifício; ou seja, dando uma de malandro, o referido
senhor mostrou a área do “piscinão” desocupada, mas esqueceu de informar que seus
ocupantes apenas tinham sido transferidos, acomodados ou realocados dois
andares acima, longe dos holofotes.
E aí, para não
melindrar o nobre Secretário de Saúde, apenas se trocou a palavra “piscinão”
por “varandão”, já que localizado num andar superior.
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