TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

De Você Apenas Interessa a Grana - José do Vale Pinheiro Feitosa

Teve uma missa em que fui tirado do altar, no Convento das Clarissas, porque um padre famoso do Rio queria rezá-la. E fui ameaçado por esse padre, que dizia que faria reclamação ao bispo. Outro me proibiu de pisar na igreja dele. Fiz um casamento lá, e ele se incomodou pela vibração da alegria. Isso é uma perseguição que acontece pela disputa das ovelhas, sobretudo da ovelhas abastadas” – Ex-frade Jhonatha Gerber que acaba de desistir da batina e vai se tornar um psicólogo e assim ganhar a sua vida curando almas. Jornal O Globo Segunda-Feira 20 de Janeiro de 2014

Na maternidade um grande negócio para nascer, somados ao feitiço de serviços, berço, brinquedos e mamadeiras e produtos da Nestlé. Aí começa até o último sopro de vida a parafernália “científica” em razão de toda circulação da mercadoria. Some-se os interesses e todo tipo de serviço, de pequenos por for para atender à “legislação”, sem contar, para os pobres, as máfias organizadas.

Toda a vida neste mundo, assim como era o sofrer na terra da idade média, ainda com alguma paga mediada pelas igrejas no céu, se tornou a sopa amarga do progresso do materialismo financeiro. Considere o seu mais elevado momento de humanidade e exime o quanto ele se encontra na borda da mais ignóbil exploração do outro apenas para que tudo mais funcione e todos tenham direito a circular moedas para sobreviver.

O denominador comum dessa nova era de trevas, por incrível nascida do Iluminismo, é o interesse exclusivo pelo dinheiro que circula de mão em mão. O mão que te ama ou a que tua amas, é importante exatamente por isso: por te devolver em valor monetário tudo aquilo que do teu coração pensava ser humano.

Nenhum sonho, nenhuma discussão a valer consegue ultrapassar esse círculo de giz desenhado no chão ao qual ninguém ousa ultrapassar embora empecilho físico nenhum exista. A moeda, tua vida, teu sopro, é a circulação daquilo que mesmo não o necessites terás que trocar, absorver ou contribuir para a montanha de lixo.

Mas isso não diz tudo do humano e nem do planeta. Diz apenas da era, do momento da história, que criou esse arranjo tocado por lideranças, exércitos, crenças, fés, e instituições que existem para garantir a idade das trevas. Como antes, agora além do lamento, há a possibilidade de compreender.
O denominador comum é a compreensão desse era e em seguida a imaginação para superá-la mediante forte crítica. 

Uma crítica revolucionária e não reacionária como a de Jhonatha Gerber trocando o confessionário pelo divã.
    


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