Escorregadio
e esperto, esse, sim, é bandido até a raiz da medula. Tanto é fato que, antevendo
que seria pego no julgamento do tal “mensalão” (nunca comprovado e que teve
detenções arbitrárias, sim), o senhor Henrique Pizzolato tratou de se armar de
tudo que era previsível, a fim de escapar, antes que fosse detido. E aí sua verve
bandida aflorou com toda a pujança e maledicência: valeu-se de um documento de
um irmão morto já há mais de trinta anos para assumir sua identidade (já há cinco
anos) e providenciar outros documentos que lhe permitissem fugir do país e
instalar-se na Itália, já que possuidor de dupla cidadania. Assim, devido à sua
cidadania italiana, estaria em relativa segurança naquele país, uma vez que o
país europeu não extradita seus nacionais.
Acusado
de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, Pizzolato foi apenado a 12
anos e 7 meses de prisão em regime fechado, mais uma multa de R$ 1,3 milhão. E,
muito embora a Polícia Federal tenha conseguido incluir o seu nome
na chamada “difusão vermelha da Interpol”, deixando-o na lista
internacional de criminosos procurados, o senhor Pizzolato só será preso se conseguirem
flagrá-lo num ouro país, como recentemente ocorreu com o também bandido Alberto
Cacciola (que houvera fugido do Brasil, se instalado na Itália, mas, ao sair para
se divertir em Mônaco, foi preso e recambiado ao Brasil).
Pergunta:
se foi condenado num julgamento atípico (sem provas, mas por simples deduções)
teria o senhor Henrique Pizzolato agido corretamente, ao não esperar por tempo
ruim ??? Ou corretos estão seus colegas de malfeitos que, por confiarem na
Justiça, acabaram na cadeia ???
Mas...
e o ministro Gilmar Mendes, acusado por um dos seus pares (ministro Joaquim
Barbosa) de desfigurar o conceito do judiciário brasileiro, já não deveria ter
sido enquadrado em alguma lei por conta das suas fanfarronices (lembremo-nos
que, sem maiores justificativas, concedeu habeas-corpus duas vezes num mesmo
dia a fim de beneficiar o marginal Daniel Dantas).
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