Hoje, quando no Brasil se almoça, se janta, se dorme, se sonha e
se respira futebol todo dia e o dia todo, uma briga periférica, mas braba, na
arena política, chama a atenção dos mais atentos.
É que, em resposta ao senhor Ciro Gomes, que o acusara de ser
"chefe de uma milícia ligada ao narcotráfico”, o Capitão Wágner, da
Polícia Militar do Ceará, hoje exercendo o mandato de vereador de Fortaleza,
não titubeou e, partindo para o contra-ataque (mas sem citar nomes, num
primeiro momento) soltou a seguinte pérola: “nós temos relatos na crônica
policial de vários políticos envolvidos em orgias regadas a cocaína, bebidas,
prostitutas e meu nome não aparece em nenhum desses relatos”.
Foi o bastante e suficiente para o chefe do clã Ferreira Gomes, mesmo sem ter sido nominado, se mostrar visivelmente incomodado, a ponto de replicar: “nunca usei drogas na vida, a não ser álcool moderadamente e nos fins de semana”.
Na tréplica, o "capitão-vereador" foi contundente e, agora citando-o nominalmente, afirmar que, caso o Ceará não tivesse uma Assembléia Legislativa tão submissa, o senhor Ciro Gomes estaria trancafiado em um presídio. Os dois prometem acionar a justiça e levar o caso aos tribunais.
Agora, aqui pra nós, meros mortais comuns, uma pergunta inocente insiste em aflorar: se o senhor Ciro Gomes “se queimou” com tanta facilidade ante o caustico (embora genérico, já que sem citar nomes) comentário do vereador em relação ao uso de drogas por políticos, terá alguma culpa em cartório ???
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