Os que têm um mínimo de consciência e discernimento de que a
“cabeça humana” não é apenas e tão somente um órgão para separar as duas
orelhas, sabem (ou deveriam sabê-lo) porque os viram atuar com desassombro ao
vivo e a cores, na telinha, que os tais “black-blocs” são bandidos de alta
periculosidade, vermes capazes de contaminar legiões de desavisados, elementos
sectários e radicais, mas essencialmente covardes na acepção plena do termo,
porquanto providencialmente usuários de um adorno que impossibilita serem
reconhecidos: a máscara (se fossem bravos, corajosos, destemidos e responsáveis
pelos seus atos, como se julgam, não se esconderiam atrás de).
Assim, protegidos por tão infame instrumento, exacerbam em suas
manifestações e, tal qual uma epidemia incontrolável, um rolo compressor humano
ensandecido, se danam a quebrar, depredar, agredir, desrespeitar e, até...
matar (lembram do repórter cinematográfico, Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes,
covardemente morto por um rojão disparado por um desses marginais ???).
Só que, na hora do “pega pra capar”, da repressão à altura (incrivelmente
condenada por alguns), sempre encontram uma maneira de evadir-se, de se mandar,
deixando para trás um rastro de estrago e destruição, facilmente detectável.
Pois, agora, surgiu uma novidade, a respeito, só que um tanto
quanto inverossímil: é que o Ministério Público do Ceará, ignorando tão mafioso
modus operandi sancionou, publicizou na mídia em geral e instruiu a polícia
militar, a permitir que esses marginais usem e abusem do uso das tais
máscaras, nas citadas manifestações, sem que haja necessidade de importuná-los.
A ordem é: só agir e eventualmente reagir se notar que os “coitadinhos”
demonstram alguma atitude hostil (ou seja, eles seriam antecipadamente
consultados do porquê de estarem usando a máscara, bem como se pretendem fazer
algum tipo de baderna).
A justificativa, hilária se não fosse potencialmente trágica, é de
que, como no nosso “carnaval” os brincantes podem usar a máscara livremente, sem
serem importunados, por qual razão nessas manifestações seus integrantes não o
podem fazê-lo, igualmente ??? Como se vê, numa aberração sem tamanho e
estapafúrdia, em todos os sentidos, os ilustres e letrados componentes do Ministério
Público do Ceará igualam uma festa tradicional, um momento do mais puro lazer e
diversão de famílias inteiras (como o é o nosso carnaval), com um aglomerado
hostil e disposto a tudo que não seja legal (black-blocs).
A conclusão, minimamente racional, só pode ser uma: a bandidagem
acaba de receber, das ditas autoridades constituídas, um autentico “passaporte
para bagunçar e, até... matar”. Impunemente
(sem ser molestada).
Preparemo-nos, mas torcendo para que tal não aconteça.
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