TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 12 de agosto de 2014

E haja "reciclagem" - José Nilton Mariano Saraiva

Ricos, porém velhos, decadentes, cansados e normalmente “bichados” (condição física comprometida) e, portanto, sem mais nenhuma condição-disposição para se submeter às exigências do profissionalismo vigente no futebol europeu, muitos dos jogadores brasileiros que atuam no “velho continente” são compreensivelmente premiados com o “bilhete azul”, representativo de que não mais interessam (ou que o mercado pra eles “já era”).

Só então, após despachados sumariamente dos respectivos clubes, não lhes resta alternativa senão lembrar que... o Brasil existe, daí voltar ao torrão natal (após anos) se lhes apresenta como única alternativa; e, para tanto, a alegativa hipócrita de que “amam o Brasil” e/ou que estavam “morrendo de saudades” da terrinha, e outras baboseiras mais.

Para tanto e sem nenhum escrúpulo, necessário valer-se dos amigos que militam na mídia esportiva tupiniquim (via oferta de propinas vultosas), objetivando anunciá-los como “reforço imprescindível” para aquelas agremiações que almejam cacifar-se a algum título em disputa. E como o futebol brasileiro adora uma “reciclagem” (???), tome leilão prá lá e pra cá, visando resgatá-los. E, por incrível que pareça, percebendo um salário respeitável, ou “top de linha”.

E haja enganação, a começar pela condição física deplorável, que não lhes possibilita atender às expectativas de dirigente e torcida. Não é preciso nem que entrem em campo, para que isso fique comprovado. O tal Kaká, por exemplo, contratado recentemente pelo time do São Paulo e anunciado como uma espécie de “salvador da pátria”, teve a estréia adiada... por um problema físico; posteriormente, entrou em campo uma única vez e já voltou ao Departamento Médico do clube, em função de uma lesão crônica na "batata-da-perna" (que os elitistas conhecem por panturrilha), diagnosticada já há anos, mas convenientemente escondida pra viabilizar seu retorno.

Já o “ciclista-palhaço-futebolista” Robinho (também em condição física suspeita), depois do fracasso monumental e fragoroso na Espanha, Inglaterra e Itália (onde serviu mais pra “divertir” os colegas que propriamente jogar bola), voltou às origens (Santos Futebol Clube) e a primeira providencia foi tratar de autopromover-se para a estréia contra o rival Corinthians (acabou não fazendo nada e saindo antes do final em razão de... problemas físicos).

Mas, como quem tem muito, avidamente sempre almeja mais e mais, e o futebol brasileiro está repleto de dirigentes mafiosos que ganham rios de dinheiro com essas desonestas transações (que o diga o senhor Gilmar Rinaldi, novo manda-chuva da seleção brasileira) depois de enganar por aqui, nada como aventurar-se (nem que se amparando em muletas) em países emergentes no futebol, mesmo que localizados no “fim do mundo” (o Oriente Médio e o Casaquistão, por exemplo), que ainda os recebem de braços abertos e como grande “atração”.  E aí, haja farras homéricas, drogas em abundância, desvarios mil, excessos de toda ordem, e por aí vai. E quando, finalmente, a “bateria” definitivamente não mais funciona, sempre há a possibilidade de serem contratados como “auxiliar” de algum ex-colega de profissão que encontrou um jeito de “treinar” alguma equipe por aqui.

Pois bem, enquanto os europeus investem na “base” (vide a Alemanha),  com resultados comprovadamente auspiciosos, o Brasil prefere trazer de volta esses "enfermos medalhões" da vida, que nada têm a oferecer. É assim, sem tirar nem por, que se processa e funciona a “reciclagem” (???) futebolística brasileira. 

E ainda reclamam dos resultados. São uns desonestos, definitivamente.


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