A bala de prata, que mata o lobisomem, mais uma vez
disparada pela Camarilha dos Quatro (Veja-Folha-Estadão-Globo) às vésperas de
eleições, deu munição à esquálida campanha do PSDB. Adendo: que já é uma ave em
extinção.
A Camarilha que conseguiu colar no PT o rótulo da corrupção
com a seletiva ação do Ministro Joaquim Barbosa, agora pega o rótulo “mensalão”
e imagina aplicar-lhe o número 2 para expulsar da política a Dilma e o PT
juntos. Não é isso que algumas pessoas estão fazendo nos vidros de carros? Apenas
escondendo quem, afinal, quer pôr no lugar?
Ontem no Terra Magazine, o seu editor Bob Fernandes diz: “Teve
início há semanas – e prossegue com vindas e idas – uma revoada de executivos,
e mesmo donos de algumas das empresas citadas em investigações da Operação Lava
Jato. Aquela do escândalo da Petrobras.” Quer dizer aqueles “empreendedores”
que cegam a menina dos olhos da miuçalha neoliberal da classe média reacionária
dos vários rincões.
Num filme americano sobre as “falcatruas” dos “empreendedores”
com petróleo Árabe há um diálogo em que alguém, em conversa, denuncia a corrupção
e tem por resposta que a corrupção é a energia do capitalismo. Alguns dados de
Bob Fernandes: o processo da era Collor envolveu mais de 100 empresários de 400
empresas e tudo prescrito. Nos últimos 12 anos 4.928 funcionários públicos foram
expulsos ou perderam a aposentadoria. Olhem só: 700 políticos (desde vereadores
até o topo) perderam o mandato e tiveram direitos políticos cassados desde
meados dos anos 90 e final destes.
Chega de estatística pois isso passa pela larga rede de
corrupção de sonegação de impostos (inclusive do grande membro da Camarilha dos
Quatro a Rede Globo de Televisão), pelas manobras de enganação dos
consumidores, sem contar achacadores e outras mumunhas mais feito tipo o “por
fora”, o “cafezinho do guarda”, ultrapassar a fila e por aí vão os “pecadilhos”
desta gente bronzeada que sabe mostrar o seu “valor”.
Acontece que o lema “o povo não é bobo, abaixo a rede globo”
funciona quando se trata da prática da ação política. De modo que o povo
desconfia pois o jogo da Camarilha já está ficando óbvio. Vejam que a Camarilha
tem um caminho único e tem a hegemonia de reacionários e da direita
democratofóbica. Basta a Veja oferecer sua capa e os blogueiros a “serviço” assumirem
a tarefa para que a massa, em correia de transmissão, corra para a trolagem.
Não é que aquilo que seria apenas o Mensalão 2 também foi
dirigido para Marina Silva e para a memória de Eduardo Campos! E não foram os
petistas não. Foi a “mídia” articulada da Camarilha. Mas a Marina é a grande
esperança de “expulsar os petralhas”! E esta “gente” aí como é que fica, hein? Como
é que vai jogar lama na Marina?
Afinal vamos ter disputa como sempre tivemos. Disputa
democrática e com teses divergentes. Vamos ter vitoriosos e não vamos ter
derrotados. Afinal é da natureza do processo que os resultados elejam dois
tipos legítimos de mandatos: a situação e a oposição. Mas é preciso ter em
conta que a regra é duradoura e passível de debate de mudança. Só após o debate
e o processo eletivo é possível a mudança.
Não vamos esquecer de uma coisa. Foi a aliança PSDB e PFL
(DEM) que instituiu o jogo de elite representado pela chamada “reeleição” que
se diz e se tem até convicção foi comprada em notas volumosas para dar mais um
mandato ao “príncipe do neoliberalismo”. Pois bem as regras do “príncipe”
afinal não são bem reeleição. Se trata, a rigor, de um mandato de 8 anos e confirmação
na metade do mandato. Falar em reeleição com a máquina na mão é, como sabemos,
jogo de elite.
“É preciso amor pra poder pulsar. É preciso paz pra poder
sorrir. É preciso a chuva pra poder florir.”
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