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sábado, 18 de outubro de 2014

A NOVA DIREITA BRASILEIRA: IDEOLOGIA, IDEÓLOGOS E INSTRUMENTOS - José do Vale Pinheiro Feitosa

Patrícia Campos Mello na Coluna Ilustríssima do jornal Folha de S. Paulo publicou uma matéria com o título: Estado mínimo, o discurso da nova direita. O que se encontra no texto? Aqui uma forma didática de apresentar o texto da jornalista:

Ação - Uma tentativa de unir os fragmentos das diferentes linhas de pensamento em torno do Estado Mínimo.

Instrumentos – instituições de ensino, organizações privadas e partidos nascentes. Quem são: Instituto Ludwig von Mises Brasil; Instituto Millenium, Instituto Liberal, Instituto de Formação de Líderes, Instituto de Estudos Empresariais, Estudantes pela Liberdade (franquia do Students for Liberty ligado ao Cato Institute financiado pelos irmãos Koch patrocinador da direita americana), Movimento Endireita Brasil, Site Spotniks, Partido Novo,

Ideólogos – Adam Smith, Margaret Thatcher, Ron Paul (ex-deputado americano); Ayan Rand (russo); Olavo de Carvalho; Carlos Alberto Montaner (exilado cubano escreveu o famoso livro da direita latino americana: Manual do Perfeito Idiota Latino Americano), Eduardo Gianneti da Fonseca
Ativistas destacados: Reinaldo Azevedo (Veja), Rodrigo Constantino, (Veja), Hélio Beltrão (filho de velho burocrata da direita), Gustavo Franco (em Banco Central FHC), Paulo Guedes, Daniel Feffer (Grupo Suzano), Fábio Barbosa, João Roberto Marinho (Globo), Bernardo Santoro (diretor do Instituto Liberal), Salim Mattar (dono da Localiza), Ricardo Salles (secretário do Governador Geraldo Alckmin) , Paulo Batista (candidato a deputado por São Paulo, PRP-SP que fez a propaganda usando um raio privatizador).

Propaganda – trocar assistencialismo por empreendedorismo.

O discurso de fachada – como toda parte minoritária de um todo, é preciso que se busquem conceitos que pareçam comuns a todos. O caso da nova direita é “LIBERDADE”. A palavra comum a todos, engana. Quem é contra a liberdade? Ninguém! Mesmo que seja, no limite, a liberdade de destruir o outro. Mas em seguida quando vêm os verdadeiros valores as diferenças como minoria se revela por inteiro.

Valores do discurso dos nossos: Ron Paul um neoliberal radical americano, do Partido Republicano, disputou três vezes a indicação do cargo de Presidente, palestrou para a nova direita paulista e resume sobre o único papel do Estado: “O único papel do governo é proteger nossas liberdades.” Não explica quem são os nossos: conglomerados, grandes bancos, máfias, o cidadão comum, o trabalhador assalariado, os desempregados, os homeless, os sem planos de saúde, etc. (minha avaliação)

Valores do discurso no centro: liberdade de negócios, legalização do comércio de órgãos, fim do Bolsa Família, privatização ampla e radical e privatização das Universidades,

O discurso radicalizado: legalização integral das drogas, fim do Banco Central, privatização da Polícia e da Saúde; casamento gay e outras posições que no espectro mais radical termina por se chocar com o conservadorismo religioso e nos costumes.

E Patrícia Campos Mello encerra a reportagem dela assim: “Enquanto o mundo debate maneiras de reduzir a desigualdade, na esteira do best-seller do francês Thomas Picketty, “O Capital do Século 21”, Paul Ron é taxativo: Distribuição de é sempre forçada, é como se o governo apontasse uma arma e tirasse dinheiro de um para dar ao outro; isso é autoritarismo”, afirmou à Folha.

Enfim este deve ser um roteiro básico do locus operandi da nova direita brasileira. E fica claro que a matriz desta direita são os EUA e todo tipo escuso de financiamento e estímulos como aconteceu via Embaixada Americana às vésperas do golpe de 64. Mesmo quando se apegam ideologicamente a escola liberal como austríaco, o filão a ser explorado são instrumentos americanos.

Em síntese. Agora tem uma novidade. A direita não tem como acusar a esquerda de pertencer a outro lado e ter entregue seu destino a outra nação (União Soviética). A esquerda brasileira no máximo se orienta por pensamentos universais, não atrelados a nenhum comando estrangeiro.

Por este vício na origina é que a direita dos EUA, Latino Americana e Brasileira não consegue avançar além do velho discurso da guerra fria. Os EUA, mesmo numa crise tremenda parecem uma terra onde corre o mel e o leite.




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