TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 1 de novembro de 2014

O "IMORTAL" que se descobriu... "MORTAL" - José Nilton Mariano Saraiva

Dias antes, após um debate por demais acirrado com o oponente, a Presidenta da República, Dilma Roussef, no momento em que estava sendo entrevistada “ao vivo” pela TV, houvera passado mal, em razão de uma repentina queda de pressão. Nada que um simples copo d’agua não resolvesse, recompondo-a inteiramente. Vida que segue.

Agora, quando da solenidade de posse como “imortal” da Academia Brasileira de Letras, o conceituado jornalista Zuenir Ventura não só sentiu-se mal, como chegou a perder a consciência, indo a nocaute. Diagnóstico: queda de pressão. Atendido de pronto, em instantes recobrou os sentidos e assim pode não só receber os cumprimentos, como brindar com as dezenas de amigos que lá compareceram para prestigiá-lo.

Embora em ambientes e situações distintas, são dois momentos emblemáticos da fragilidade do ser humano, dois atestados eloqüentes de que o que diferencia o ser humano de uma máquina é a sensibilidade, a emoção, a racionalidade, o “ser gente”.

No debate, ao qual nos reportamos no parágrafo primeiro, o oponente da Presidenta da República, Aécio Neves, como se fora um super-homem, uma máquina mortífera ou um ser superior oriundo de uma outra galáxia, chegou a vangloriar-se de ter sido o responsável pelo que houvera acontecido com a nossa Presidenta.

Com o ocorrido na “Academia”, quando o “imortal” Zuenir Ventura se descobriu um “mortal” comum, comprovado restou que também os “imortais” são passíveis de emoção, de um momento de fraqueza, de serem acometidos por um mal súbito.

Que a lição seja absorvida pelo “playboy do Leblon”, no decorrer da “ressaca” pela derrota nas urnas.
  


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