Se “cagando de medo” e
já visando uma possível diminuição de pena quando da sua quase
certa detenção, o bandido Sérgio Machado, que passou doze anos à
frente da Transpetro (indicado por Renan Calheiros) resolveu
“detonar” todo o mundo político corrupto ao seu redor, a partir
do próprio padrinho; tanto é que também foram “agraciados”
integrantes da cúpula do PMDB e mais uma “ruma” de políticos de
partidos outros (PSDB, DEM, PT e por aí vai). Foi como se um
terremoto de dimensões oceânicas se abatesse sobre Brasília. Tanto
que os comentários são de que ali o que tem de político se valendo
de antidepressivos e medicação tarja preta não está no gibi.
Particularmente, não nos
surpreendeu a repentina enxurrada de denúncias contemplando
políticos das mais variadas agremiações partidárias, atolados até
a medula em ações corruptas. Afinal, em mais de uma postagem
denunciamos, aqui mesmo, nesse espaço, que a atividade política no
Brasil faz muito que transformou-se tão somente num rentável
“meio-de-vida”, promotora de facilidades mil e que, dos atuais
594 integrantes do Congresso Nacional (Câmara e Senado), com muito,
muito esforço, poderíamos livrar 10,0% desse universo como
realmente imbuídos de espírito público, de batalhadores das causas
sociais (o resto entrou pra “se fazer”, se “locupletar”,
“traficar influência”).
O exemplo é exatamente
Sérgio Machado. Empresário, rico, bem situado na vida (embora a
fortuna do pai seja questionada), viu-se lançado na arena política
anos atrás pelo íntimo “amigo-irmão” Tasso Jereissati, que
bancou sua candidatura ao Senado Federal, pelo PSDB, após servi-lo
como Secretário de Estado. Após o término do mandato e graças as
amizades angariadas lá dentro, deu uma solene banana para o
“padrinho político” (a quem hoje acusa de participar dessa
sujeirada toda), largou o PSDB e mudou-se de mala e cuia para o PMDB,
onde conseguiu chegar à posição por muitos desejada: chefiar a
poderosa Transpetro, por indicação do também todo poderoso líder
do partido e atual Presidente do Senado, Renan Calheiros.
Após doze anos “mamando”
e distribuindo favores mil, recentemente foi citado em delações
diversas e, na perspectiva real de “ir em cana” em razão dos
crimes perpetrados, resolveu “botar a boca do mundo”, através de
gravações secretas de diálogos com os caciques do PMDB (Renan,
Sarney, Jucá, por enquanto).
Ousado (ou aqui seria
realista), ao referir-se às “Excelências” do Supremo Tribunal
Federal, disse o que muitos de nós gostaríamos de dizer: “Eu
nunca vi um 'Supremo' tão merda”; também “carimbou” o
Procurador Geral da República como um “mau-caráter” que não
vale um “cibazol” e ironizou o juiz Sérgio Moro como sendo um
ser “todo poderoso”; aproveitou a oportunidade para (aqui com
conhecimento de causa, já que com eles conviveu por anos) detonar
Aécio Neves, José Agripino, Pauderney Avelino e por aí vai, já
que participantes de “esquemas” mafiosos.
Fato é que, dessa briga
entre “mafiosos prepotentes”, finalmente muita coisa da qual
desconfiávamos virá à tona. Que continuem, ad eternum, a se
digladiar.
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