TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 30 de maio de 2020

"BROXADA" ESPETACULAR - José Nilton Mariano Saraiva


Faz tempo, muito tempo, tempo imemorial, que o Supremo Tribunal Federal praticamente abdicou, por covardia ou (terá sido ???) deplorável conivência e conveniência dos seus integrantes, de exercer seu honroso papel de “guardião” de nossa Carta Maior, conforme lhe é determinado legalmente.




E o pior é que, numa hora por demais substantiva, “broxou” espetacularmente ante um provinciano e limitado juizeco de primeira instância (Sérgio Moro), ao chancelar todas as absurdas arbitrariedades por ele perpetradas (hoje reconhecidas como tal) ao longo da tal Operação Lava Jato, que findaram, alfim, por interferir decisivamente numa eleição presidencial, desaguando no quadro atual, qual seja, a eleição de um miliciano abusado e analfabeto para presidente da república.



E se alguém ainda tem qualquer resquício de dúvida sobre o papel deplorável e criminoso do Supremo no transcurso, basta atentar para a (outrora) inimaginável e bombástica “confissão-reconhecimento” de um dos seus mais destacados integrantes, o falastrão e prolixo ministro Gilmar Mendes que, ao cortar na própria carne, foi de uma contundência inusual (ipsis litteris):


É um grande vexame e participamos disso. SOMOS CÚMPLICES DESSA GENTE. Homologamos delação. É altamente constrangedor. Todos nós que participamos disso temos de dizer: nós falhamos. (...) A República de Curitiba nada tem de republicana, era uma ditadura completa. Assumiram papel de imperadores absolutos. Gente com uma mente muito obscura, gente ordinária. Se achavam soberanos. Gente sem nenhuma maturidade, Corrupta na expressão do termo. Violaram o Código de Processo Penal”.


A reflexão tem muito a ver com o quadro atual, quando o Supremo Tribunal Federal vivencia um diuturno, bombástico e avassalador processo de desgaste, inclusive com alguns “iluminados” advogando pelo seu fechamento imediato ou até sua extinção. E no comando de tais ameaças e manifestações, ninguém menos que o “troglodita” que está Presidente da República, com o aval dos “generais de pijama” que lhe dão uma aparente sustentação (e tendo como caixa de ressonância os abusados “filhos-numerais”. já merecedores de um “cascudo”).


Fato é que a situação chegou a um estágio tal que não há mais espaço para retrocessos ou tergiversações; agora, ou o Supremo Tribunal Federal se afirma de vez como poder garantidor do legalmente constituído, fazendo-se respeitar (exigindo o cumprimento das suas determinações), ou o miliciano e seus generais-babaquaras implantam de vez um regime ditatorial.


E a iminente ameaça de golpe já foi verbalizada via TV pelo “filho-numeral 02” (Eduardo “bananinha” Bolsonaro) que, arrogantemente, declarou: “a questão não é SE (vai haver golpe) mas, sim, QUANDO será” (é bom que não olvidemos que essa mesma figura já houvera sugerido, lá atrás, que bastaria “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo).


As cartas estão na mesa. Nós, os longevos, que já passamos por uma ditadura braba, sabemos quão traumático foi aquele negro período, daí a torcida para que o Supremo Tribunal Federal deixe de lado a frouxidão, leniência e covardia que tem adotado nesses últimos anos, “peitando” a perigosa quadrilha que se instalou no Palácio do Planalto.


Instrumental legal pra isso possui: a Constituição Federal. É só aplicá-la, sem ligar para os arroubos e caras feias de generais frouxos e desdentados (até porque, “generais sem tropa não passam de velhos rancorosos enfeitados de medalhas”).


Pra começar, e mostrar a milicianos e babaquaras que não teme as ameaças oriundas do lado de lá, por qual razão não mandar “PRENDER” o “filho-numeral 02” por prática de uma miscelânea de delitos (terrorismo explícito ao anunciar um golpe via concessão governamental, sugestão de fechamento do próprio Supremo, e por aí vai).

É chegada a hora do embate final.


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