TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 20 de junho de 2020

"GIBA NELES" - José Nilton Mariano Saraiva

Que ele, em sua atividade, prestou relevantes serviços à nação, ignorar quem há de ??? Que nos fez sentir um orgulho imenso de ser brasileiro, como esquecer ??? Que serviu de exemplo para toda uma geração de jovens, alguém ousaria discordar ???. E como olvidar dos momentos prazerosos que nos propiciou ???
Mas… o tempo passa (OU PASSAMOS PELO TEMPO ???)
Fato é que, como ser humano, envelhecemos inexoravelmente e não há como disso fugir; e, em seu caso específico, mesmo sendo um atleta de ponta (e até por isso mesmo, já que o treinamento é por demais exigente e rigoroso) os músculos compreensivelmente teimam em não mais obedecer as ordens emanadas do cérebro, a flexibilidade já não é a mesma, o fôlego já escasseia, o cansaço chega mais cedo, o campo visual progressivamente se restringe, as contusões aparecem com mais constância e apresentam dificuldade de recuperação; e, em consequência, o rendimento jamais será repetido.
Melhor, então, ter humildade de reconhecer tudo isso, evitando que uma biografia irretocável seja manchada por simples vaidade, capricho ou teimosia. Impõe-se, pois, a entrega do bastão ao sucessor.
Assim, a chegada do “ocaso” de um ídolo é um momento extremamente penoso, sofrido e difícil, não só para o próprio, mas, principalmente, para a sua legião de admiradores, já que sempre existirá, intimamente, aquele desejo de “quero mais”, que “ainda dá” e por aí vai.
A reflexão acima é só pra pontuar que o nosso esplendoroso atleta “GIBA” (do vôlei), cuja história de vida e superação será sempre um exemplo pra gerações futuras (enfrentou e venceu um câncer, ainda na juventude), despediu-se da seleção brasileira com o travo amargo de uma derrota inexplicável numa final olímpica (depois de abrir 2 x 0 contra a Rússia e no terceiro set marcar 21 x 19, a seleção brasileira sofreu a virada de 3 x 2).
Restou-nos a certeza e o lamento que um ser humano tão especial merecia mais um título mundial em seu currículo, mais uma vez ser considerado o melhor do mundo, de novo uma medalha de ouro no peito. Chegou tão perto...
Como não deu, só nos resta saudá-lo efusivamente com o tradicional bordão do locutor global, que o Brasil inteiro aprendeu a gritar a plenos pulmões nas madrugadas ou manhãs de domingos, quando a seleção mais dele precisava: “GIBA NELES” !!!











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