“LULA LIVRE” REQUER SEGURANÇA MÁXIMA - José Nilton Mariano Saraiva
Adstringindo-se tão única e exclusivamente aos “autos” (as conversas
aéticas e escabrosas de Moro e sua quadrilha, interceptadas por hackes,
aconteceram muito depois de lavrada a
reclamação), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal houve por bem reparar a
tendenciosa decisão do ex-juiz de primeira instância Sérgio Moro, que houvera
condenado sem nenhuma prova o ex-presidente Lula da Silva, no tocante ao tal
triplex de Guarujá, tanto que o fez sob o hipócrita argumento do cometimento de
“atos de ofício indeterminado” (algo absolutamente inédito e inusual em nosso receituário
jurídico, porquanto, se “indeterminado”, inexistente).
Impetrado pela defesa do ex-presidente, o julgamento da “suspeição”
do ex-juiz houvera sido iniciado nos primórdios de 2018 e já apontava um placar
de 2 x 0 favorável àquele magistrado, (votos de Edson Fachin e Carmen Lúcia) quando
o ministro Gilmar Mendes solicitou “pedido de vistas” em novembro daquele ano.
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Nesse meio tempo, surpreendentemente o ministro Edson Fachin
(logo ele, que sempre demonstrou ojeriza ao ex-presidente), em decisão
monocrática opta por “anular” todas as decisões tomadas pelo ex-juiz Sérgio
Moro em relação aos processos envolvendo o ex-presidente, porquanto a Vara de
Curitiba seria incompetente para julgá-los, remetendo os autos para Brasília
(onde tudo recomeçará do começo).
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Voltando ao fio da meada: retomado no final de 2019 o processo
da suspeição do ex-juiz, Gilmar Mendes e Roberto Lewandowski, VALENDO-SE
APENAS DE DADOS CONTIDOS NOS “AUTOS”, (nada sobre as interceptações dos
hackes, é bom que se repita, já que estas aconteceram muito depois) decidiram-se
favoráveis à defesa do ex-presidente, igualando o placar em 2 x 2, deixando que
o voto decisivo (que seria dado pelo decano Celso de Melo, hoje aposentado) fosse
proferido pelo “novato” Nunes Marques (piauiense), que houvera sido escolhido a
dedo e nomeado meses antes pelo bucéfalo que está Presidente da República.
Coincidentemente, na véspera da retomada do julgamento do
pedido de suspeição de Moro, indagado pela imprensa se temia um confronto com o
ex-presidente Lula nas eleições de 2022, o “traste” que ocupa a Presidência da
República, sarcástico e arrogante, arrotou que Lula da Silva era “inelegível”,
como que anunciando antecipadamente qual seria o voto do seu indicado: ou seja,
Nunes Marques proferiria o voto que seria a pá de cal e definitivamente inviabilizaria
o ex-presidente de concorrer. Dito e feito, e assim, aos 45 minutos do segundo
tempo o placar aponta 3 x 2 para o ex-juiz (e, pois, Lula da Silva inelegível).
Surpreendentemente (mas de forma legal) já nos acréscimos do julgamento
Carmen Lúcia pede para se manifestar e, de forma incisiva e contundente (logo
ela, que sempre votou contra o ex-presidente) decide rever seu voto, em razão
de “dados novos apensados aos autos”: 3
x 2, agora pela suspeição do ex-juiz e, consequentemente, pela anulação da pena
imposta a Lula da Silva.
Resumo de tudo isso: em
duas frentes, o ex-presidente Lula da Silva tem de volta o passaporte homologatório
à sua candidatura na próxima eleição, enquanto Sérgio Moro e a quadrilha de procuradorizinhos
raivosos de Curitiba são desmascarados de vez (agiram, sim, e de forma
tendenciosa, ao arrepio da lei e merecem ser julgados pelo crimes cometidos).
Quanto ao “novato” Nunes Marques, que no seu “debut” em
grandes causas no Supremo Tribunal Federal, proferiu seu voto equivocadamente (já
que claramente em obediência ao seu tutor), porquanto baseado unicamente nas
interceptações dos hackes (que a defesa, Gilmar Mendes, Roberto Lewandowski e
Carmen Lúcia não usaram) mostrou que ainda tem muito que aprender (aliás, o próprio
lembrou a quem dele discordou, que tenham paciência porque ele ainda tem 26
anos como ministro daquela corte).
No mais, não custa lembrar: como o assassinato da vereadora
Marielle Franco, no Rio de Janeiro, foi comprovadamente obra de “milicianos” de
aluguel, seria de bom alvitre que O PT E LULA DA SILVA REFORÇASSEM DE
IMEDIATO A SEGURANÇA DO EX-PRESIDENTE, porquanto Fabrício Queiroz (apesar
de tudo o que fez) está livre e solto para servir de elo entre a família
Bolsonaro e a “nata” da criminalidade que habita não só morros, mas até
condomínios luxuosos no Rio de Janeiro (lembremo-nos que o provável assassino
da vereadora Marielle Franco, o tal do Lessa, era morador e vizinho de
condomínio da família Bolsonaro).
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