O DESESPERO DO “CORONÉ” – José Nilton Mariano Saraiva
Arrogante, prepotente e
falastrão, definitivamente o “coroné” entrou em desespero.
“Ex” íntimo de Lula da Silva, que
o tornou Ministro de Estado quando exerceu a Presidência da República, bem que o
“coroné” poderia se achar em melhor situação nos dias atuais, se tivesse aceito
o convite para figurar como vice na chapa encabeçada pelo próprio Lula da
Silva, na última eleição presidencial.
Fincou pé, porque pra ele só
servia a “cabeça de chapa”, daí o PT lançar Fernando Haddad. Que, face a previsível
impossibilidade do titular em concorrer, acabou guindado a “cabeça de chapa” do
partido e (apoiado por um Lula da Silva preso), quase chega lá (o tempo de
campanha foi muito curto).
O “coroné”, como é de
conhecimento público, de novo, outra vez, novamente ficou pelo meio do caminho (pela
terceira vez) e, derrotado, preferiu ir lamber suas feridas em Paris,
omitindo-se na hora decisiva do pleito e com isso colaborando sobremaneira pra
que hoje tenhamos essa excrescência na cadeira presidencial. Sim, o Bozo lhe deve
muito e, intimamente, lhe é grato.
Retomando o fio da meada.
Com a prisão irregular e
arbitrária de Lula da Silva (antes da eleição), e já visando concorrer na
eleição seguinte, o “coroné” tratou de detratá-lo, de ofendê-lo, de humilhá-lo,
de gozar com o infortúnio dos seus simpatizantes e da cúpula do PT (“o Lula tá
preso, otário”, não cansou de repetir), na perspectiva de criar uma imagem
negativa do próprio ante os direitistas e desavisados e, pois, preencher o vácuo
provocado pela sua ausência.
Assim, no arraiá do “coroné”, havia
uma única e cristalina certeza: as suas chances, com Lula da Silva fora da
disputa, seria passar até com certa facilidade para o segundo turno, onde, na
condição de bom tribuno (mesmo que mentindo muito) “trucidaria” e faria “picadinho”
do Bozo, em razão do seu despreparo e incompetência.
Mas, eis que o Supremo Tribunal
Federal, revendo as decisões/condenações que haviam sido impostas a Lula da
Silva pela quadrilha de Curitiba (sob o comando do juizeco de piso Sérgio Moro),
houve por bem, ante as irregularidades constatadas, anular todas elas,
tornando-o “elegível” e apto a concorrer à próxima eleição presidencial, em 2022.
E aí, o desespero do “coroné”
emergiu em todo o sem esplendor, porquanto ciente que: a) não tem a mínima
chance se Lula da Silva entrar no páreo, e b) de que, quem “está” Presidente tem
como se garantir no segundo turno (face os 30.0% de votos cativos).
A partir daí, o alvo é Lula da
Silva e o PT, e a artilharia vai ser pesada nesses quase dois anos que faltam
para a próxima eleição (até porque Lula da Silva não lhe deu ouvidos quando,
pateticamente, implorou que ele desistisse de candidatar-se em seu favor).
Temos, agora, um problema[U1]
sério: como o Brasil está sendo isolado do mundo em razão de ter-se tornado uma
“bomba relógio” próxima a explodir e espalhar o vírus letal a torto e a direito
(isso face o Bozo não ter tomado as providências devidas no combate à pandemia),
o “coroné” talvez não consiga viajar mundo afora pra afogar suas mágoas.
A não ser que se mande pra Sobral,
onde manda e desmanda, casa e batiza, faz e desfaz.
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