A “CAPITÃ CLOROQUINA” - José Nilton Mariano Saraiva
No momento em que a CPI DA COVID prepara-se para interrogar a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro, também conhecida como “Capitã Cloroquina”, em razão de ser uma das entusiastas e incentivadoras do uso de tal medicação no combate à Covid 19 (apesar de não recomendada pela OMS e cientistas de todo o mundo, em razão de mostrar-se ineficiente a tal mister), tomamos a liberdade de (re)postar texto de nossa autoria, nos blogs da vida (em 28.08.2013) enfocando a “deseducação” demonstrada pela própria e companheiros, quando da chegada dos médicos cubanos a Fortaleza, anos atrás. Confiram.
“DOUTORES DESEDUCADOS” - José Nilton Mariano Saraiva (28.08.2013)
Independentemente do mérito (e há, sim) da medida adotada pelo governo brasileiro (Dilma Rousseff) em contratar médicos estrangeiros para atuar nos inóspitos rincões do país (no “interiorzão” brabo), em razão da expressa “má vontade” dos profissionais formados aqui no Brasil em para lá se deslocarem (701 cidades foram recusadas, na fase primeira do programa “Mais Médicos”), entendemos seja esdrúxula e fora de propósito a atitude de dezenas de “doutores nativos” que, em Fortaleza, APOPLÉTICOS E DESEDUCADOS, xingaram aos gritos de “incompetentes” e “escravos” os médicos cubanos que aportaram por aqui, quando estes saiam de uma reunião de boas-vindas patrocinada pela então equipe do Ministério da Saúde.
Afinal, humanistas e sensíveis como o são (ou deveriam ser até por exigência da própria profissão escolhida), nossos “DOUTORES” (aqueles que participaram da manifestação, à frente a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro), perderam uma boa oportunidade de mostrar à sociedade seu espírito profissional desprendido e generoso, recebendo os colegas cubanos com fidalguia e companheirismo e, se possível, incentivando-os pela iniciativa (afinal, se mandar lá para os confins da selva amazônica, a fim de prestar “assistência médica básica” aos carentes e necessitados, há de ser reconhecida como uma nobre atitude).
Só que, ao partidarizarem a questão de forma inoportuna e apressada, objetivando atrapalhar uma ação governamental que tem por intuito preencher lacunas em um setor reconhecidamente deficiente, esqueceram que os cubanos aqui chegaram para atuar não em procedimentos complexos e avançados e, sim, unicamente na atenção básica à saúde; não se constituem, pois, nenhuma ameaça de “concorrência” aos “nativos-acomodados” (um dos “cabeças” do movimento, repetimos, é a médica pediatra cearense Mayra Pinheiro, reconhecida inimigo dos governos Lula/Dilma).
Torçamos, portanto, para que, assentada a poeira e desarmados os espíritos, se instale um clima de harmonia e colaboração dos “doutores brasileiros” para com os seus iguais e humildes “doutores cubanos”.
A população pobre e carente antecipadamente agradece.
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