UM PAÍS “DESGOVERNADO” - José Nílton Mariano Saraiva
Arrogante e pernóstico, André Esteves, atual dono da Editora Abril (Revista VEJA) e do Banco BTG Pactual, confidenciou, em uma reunião com um seleto grupo de clientes VIP’s do seu Banco, que influi, sim, e decisivamente, nas decisões tomadas em Brasília por alguns dos integrantes da cúpula do Governo Federal.
Assim, por exemplo, quando de qualquer alteração na taxa Selic, oficialmente determinada pelo Banco Central, o seu Presidente, Roberto Campos Neto, de pronto o aciona para saber sua opinião sobre e até quando e onde pode ir. E assim é feito (agora mesmo saltou de 6,25 para 7,75).
Já o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, sempre procura saber sobre decisões a serem tomadas em assuntos de interesse da própria nação; tanto que, quando da recente debandada de integrantes do Ministério da Economia, em razão de discordarem do chefe (Paulo Guedes), Lira o contatou pra saber “o que fazer”.
E como se fosse pouco, André Esteves asseverou que até alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (não nomeou quais) também procuram saber o que ele pensa sobre importantes questões da república.
Aos não crentes, o vídeo (inédito) de pouco mais de uma hora, está disponível na web, onde se poderá constatar sua desfaçatez ao afirmar aos seus áulicos (entre piadinhas, risos e comentários depreciativos) que “o Brasil está barato” e que “a moeda está excessivamente desvalorizada” (aproveitou a oportunidade para baixar o malho na ex-presidente Dilma Rousseff e tecer fartos elogios ao golpista Michel Temer).
Para aqueles de “memória curta”, dias atrás esse mesmo André Esteves conseguiu sensibilizar o atual Ministro da Fazenda (seu ex-sócio Paulo Guedes), a ceder ao seu Banco, BTG Pactual, toda uma carteira de presumíveis “créditos de difícil recuperação”, do Banco do Brasil, que inicialmente orçada em R$ 3.000.000.000,00 (três bilhões de reais) lhe foi repassada por R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de reais) ou 10.0% (dez por cento) do seu valor de face (e ninguém, tomou nenhuma providência para obstar tamanha imoralidade).
A pergunta que se impõe, então: quantos outros espertalhões atuantes no “mercado financeiro” mandam e desmandam no atual desgoverno ???
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