TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Zéfiro e eu: vôos de liberdade.

Felizes brincadeiras de avião
deslizando e viajando com o vento.
Carregada pelo vento,
braços abertos - cruz vertical -
a vida começando a me dar lições de grandeza.
Vem em forma de redemoinho
dobrando as árvores, perturbando o sossego de gatos e passarinhos,
levantando poeira grande: terra, gravetos, frutos,
folhas.
E assustando minha meninice de eternas brincadeiras pelos terreiros
da casa e baixios da fazenda.
Vem forte, ligeiro, ousado.
E faz da minha saia um grande balão
que sobrevoou o Capibaribe
aterrissando-me na Ilha de Antônio Vaz.
Outras vezes em que me visita,
chega mansinho, suave,
beijando-me a face, a nuca,
enchendo-me de carícias breves,
delicadas como rosas primaveris.
Certas vezes tem rompantes
e me chega impetuoso, voraz.
Levanta por inteiro a minha saia,
passeia por entre
minhas coxas,
gargalhamos juntos as delícias do nosso amor brincante.

Stela Siebra de Brito

3 comentários:

Dihelson Mendonça disse...

Acordado a essa hora? e aí ? viu o novo código que te enviei por e-mail sobre a sala de Bate-papo ?
Vamos combinar que quando a gente estiver no Blog, ou na REDE de blogs, fica-se logado na sala, pois alguém pode chamar...é bom que tenha alguém, sempre aparece gente...

Um grande abraço,

Dihelson Mendonça

LUIZ CARLOS SALATIEL disse...

Já está funcionando. Tive que instalar versão atualizada do JAVA. Parece que estamos logados.

socorro moreira disse...

Stela é poeta, desde menina.Cratense da Ponta da Serra, viveu a infância e adolescência, nas calçadas da Pedro II. Fomos colegas, por quase uma década, no antigo S.João Bôsco, o Colégio, do ilustre mestre, Dr. Jose Newton Alves de Sousa... Um dia ficamos adultas, e todo mundo se separou para cumprir seu destino.Mas, quem é do Crato não enjôa...Volta pra passear, ou ficar! E assim, a amizade renasce, nos dias santos ou feriados.
Stela é também uma contadora de histórias, encantadora ! Precisa nos contar, a festa de alegria, que foi a inauguração da luz de Paulo Afonso, no início da década de 60.Naquela noite , a cidade dormiu na calçada, e esqueceu a lua, que no céu chorava!



Luiz, Viu como o Crato tem u(al)ma poetisa? Stela que o diga!
"Zéfiros e eu" é de um sábio lirismo, que nem dá pra comentar! É
linda demais!