TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Sexta analgésica

I

Toda gelatina do mundo
para meu coração anêmico.
O deserto amor declarado
pelos córregos dos meus olhos.
II

O vaga-lume
que me guia
ora vadia.
Caio em tentações,
rastejo, mudo de pele.


5 comentários:

Marcos Vinícius Leonel disse...

Domingos
o transmutar-se é um grande
tema, e vejo que você tem um grande apreço a esse tema
Belo poema
Imagética sensível
Um abraço

Lupeu Lacerda disse...

se sobrar gelatina
meu coração anêmico também quer.
belo poema meu caro.
um abraço sempre.

Domingos Barroso disse...

Meu camarada Lupeu,
gelatina não faltará.
Nossos corações anêmicos
que são foda.
Um abraço.

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Quando ninguém vigia, cai na gandaia, veste fantasia, é outro coração anêmico.

socorro moreira disse...

Pra que vigiar o coração
de quem não tem peito?
Coração cor-de-rosa
vadia na prosa
e no verso fica...